O brasileiro médio trabalha hoje 44 horas semanais (uma média de 8,8 horas ao dia, se ele precisar compensar o sábado), mas o quão eficaz têm sido essas 8 horas por dia? E como administrar o tempo aproveitar as 24 horas do seu dia?
Antes de qualquer análise, é preciso considerar que a proposta de jornada de 12h do governo pode trazer sérias implicações na saúde física e mental, afinal, diante do estresse diário de nossas cidades com problemas de locomoção, trânsito caótico, o descanso e o lazer podem ficar seriamente comprometidos.
Também é preciso considerar que o trabalhador precisa de tempo para investir em qualificação profissional e em sua carreira.
E com base nesta necessidade surgiu a Filosofia dos Três Oitos que é resultado de vários estudos da Organização Mundial de Saúde – OMS em cooperação com países da Europa Ocidental, na busca de uma política de Saúde Pública de prevenção do esgotamento físico e mental, impostos pelo ritmo de vida moderno e pressões do sistema econômico e empresarial atual, e que contribuem para uma alta incidência de doenças, tais como: problemas cardíacos, neurose ocupacional (causada por ambiente de trabalho hostil ou que exige ainda mais do trabalhador), hipertensão arterial, derrames cerebrais, entre outros.
Os Três Oitos representam a divisão do dia de vinte e quatro horas em três períodos de atividade: oito horas para o trabalho, oito horas para o lazer, oito horas para o sono.
As oito horas de trabalho podem ter variadas configurações, como intervalo para descanso e lazer no meio do dia, ficando as outras cinco horas de lazer para o final da jornada de trabalho, e assim por diante.
No lazer as palavras de ordem são fazer atividades que lhes trazem prazer, alegria e diversão, como: um passeio, um happy hour, pescar, ouvir música, ler um livro ou uma revista, conversar com familiares, amigos ou colegas (de assuntos que não sejam ligados ao trabalho), ir ao cinema ou assistir televisão favorito, navegar na internet, praticar esportes, caminhar ou até mesmo não fazer nada, etc.
Esses momentos diários de lazer e descanso são indispensáveis para o bom desempenho profissional e para a criatividade também, bem como a saúde com equilibro psicológico (mental e emocional). Aumentar a jornada de trabalho conforme o proposto pelo governo, não deve ser uma decisão política de quem não conhece as condições existentes nos meios ambientes de trabalho.
A medida proposta pelo governo de uma jornada de 12 horas restringe o acesso ao lazer, ao estudo, a qualificação profissional, entre outras. Esta ideia tida como uma saída para o desenvolvimento do país, não traz benefícios ao trabalhador e sim, o seu esgotamento físico e mental.
Fonte: Troad Comunicação com informações do site www.tudosobreela.com.br