No mês passado, houve queda de 5,74% no número de regularizações. Foi o oitavo mês seguido de recuo das pessoas que limparam seu nome.

O volume de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), recuou 5,74% em setembro de 2015, frente ao mesmo mês do ano passado, informaram as entidades nesta segunda-feira (19).

A queda na base anual “dá continuidade à tendência de piora do indicador verificada ao longo de 2015”, avaliram. De acordo com o SPC Brasil, este foi o oitavo mês consecutivo de recuo do número de pessoas que limparam seus nomes. A comparação do dado acumulado nos nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período do ano passado revela queda de 5,71%, acrescentou.

Para o presidente da CNDL, os indicadores negativos na comparação com o ano passado refletem as condições menos favoráveis da atividade econômica tanto para o consumo quanto para o pagamento de dívidas. “O rendimento dos trabalhadores está crescendo menos, o desemprego segue em trajetória crescente e a inflação e os juros se encontram em patamares elevados. Desse modo, o consumidor vê a sua capacidade de pagamento se deteriorar, o que torna ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas em atraso”, avaliou ele.

Em relação a agosto deste ano, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas, porém, teve um resultado melhor e subiu 2,19%, recuperando-se em parte da queda de 2,41% observada na comparação entre julho e agosto de 2015.

“O aumento observado na comparação mensal é reflexo, em parte, do pagamento do 13º salário para aposentados e também dos dissídios para algumas categorias. Tradicionalmente, os últimos meses do ano são um período em que o consumidor busca regularizar suas pendências financeiras para voltar a consumir a prazo no período do Natal, ainda que neste ano o movimento esteja aquém de períodos anteriores”, afirmou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Fonte: G1