O varejo de materiais para construção registrou uma queda de 6,7% nos sete primeiros meses deste ano em todo o país, segundo a Abramat (associação do setor).

“Esse quadro piorou bastante desde o segundo trimestre. Sabíamos que este seria um ano ruim, mas o mercado se deteriorou de uma maneira muito forte”, diz Walter Cover, presidente da entidade.

A previsão é que, até dezembro, as vendas para o varejo e as construtoras caiam 10%.

No início deste ano, a expectativa era de baixa de 1%, mas, com a queda no emprego e na renda, o brasileiro tem adiado reformas e as empresas, revisto lançamentos.

O presidente da Eliane Revestimentos, Edson Gaidzinski, lembra que o impacto é sentido antes pelas empresas de materiais básicos, como cimento e tijolos, mas, se o desemprego continuar crescendo, será preocupante para as marcas de acabamentos.

O executivo tem apostado mais nas exportações desde janeiro de 2014 e, apesar do dólar instável, diz que o investimento compensou.

“Devemos crescer 8% neste ano aqui e no exterior. Nosso foco é vender para a América do Norte.”

Cover destaca que, em alguns ramos da indústria de construção, como o de cerâmicas, houve reação ao câmbio favorável ao exportador. “Essas empresas sofriam concorrência com importações. Agora, estão em vantagem.”

Fonte: O Estado de S.Paulo