Assina SilvanEstamos vivendo um momento difícil. Temos presenciado um grande embate partidário e porque não dizer um processo de disputa eleitoral, o que nos leva a crer que este processo não se encerrou no pleito de 2014 e que temos uma continuidade.
Independente dos resultados que venham ocorrer dentro do Congresso, o cenário indica que esta disputa eleitoral irá se estender até a próxima eleição presidencial.

Por outro lado, há de se ter a responsabilidade e sensatez de imaginar que o país não aguenta este quadro por um período tão longo.

Todos nós temos vivenciado graves consequências da paralisação do país. Administrativamente, precisamos, que os vereadores governadores, prefeitos, deputados, senadores, presidente e suas equipes de secretários e ministros, se comprometam e busquem alternativas que beneficiem o povo e trabalhem pelo desenvolvimento do Brasil em todas as esferas.

Hoje o governo vive um grande equívoco. Ainda no governo Lula nós tivemos mecanismos de criação de facilitadores e hoje, é exatamente o contrário.

Não temos registro de nenhum país que saído de uma crise financeira nos moldes que vivemos e que tenha optado, pela dificuldade ao crédito e acesso ao consumo. Claro, que diante de dificuldades, o momento pede cautela, essencialmente a classe trabalhadora que não pode se comprometer ainda mais, mas temos que ter responsabilidade e não podemos engessar este quadro a ponto de inviabilizar o crescimento e o consumo.

Temos que ter responsabilidade, não podemos engessar este quadro, a ponto de inviabilizar o crescimento e o consumo. As pessoas estão sendo exploradas pelo sistema financeiro com uma inflação de 10% e os juros bancários do cartão de crédito e de uma conta especial beirando hoje a 14 a 15% ao mês. Isto é um absurdo. Um crime. Temos insistido veementemente que o sistema financeiro tem recebido todas as benesses do governo.

O sistema financeiro está apostos para saquear a população e o país. Este pessoal que está por trás deste sistema financeiro tinha que ser expurgado deste processo. Precisamos de regras e limites para conter este cartel dos bancos que fazem a política que eles querem. O estado brasileiro é refém dos bancos. O cidadão brasileiro é refém dos bancos. Eles estão acabando com o nosso país. Este sistema financeiro não tem compromisso com o desenvolvimento e nem com o social.

Fazem médias ao aparecer na TV promovendo doações as ações sociais. Isto é uma provocação. Quando na verdade, estão destruindo vários lares brasileiros, levando empresas que geram empregos ao fechamento.

Eles não estão nem aí. Não tem compromisso. Temos que cobrar dos nossos governantes, que eles tenham uma política de desenvolvimento com inserção de mão de obra, melhoria na qualidade de vida, compromisso com a preservação do meio ambiente, entre outros.

Nós temos um grande exemplo do que pode ser feito. O governo controla o preço do medicamento a fim de evitar abusos e exageros, e porque não praticar isto com o sistema financeiro. Afinal, este abuso e exagero inviabilizam o país.
Esta é a posição dos trabalhadores químicos de Guarulhos e Região e porque não dizer, dos trabalhadores no âmbito nacional. Saliento também que estamos focados no crescimento do país. Centrados na manutenção das conquistas que nós tivemos as duras penas em benefício dos trabalhadores que representamos.

Neste sentido e diante do cenário de turbulências é preciso salientar que algumas destas pessoas que estão no Congresso não são comprometidas com o trabalhador e o cidadão brasileiro, e sim, com alguns segmentos da economia que financiaram as suas campanhas e os colocaram ali dentro, e isto, infelizmente, pode representar muita perda para o trabalhador e cidadão brasileiro.

Da maneira como o Congresso está desenhado, nos leva a crer que as suas ações serão muito duras, agressivas, o que pode tirar os direitos que levamos anos para conquistar. O trabalhador precisa estar unido, independente, da área de atuação e fazer valer as suas necessidades em todos os âmbitos de nossa sociedade (moradia, saúde, educação, segurança, lazer, trabalho, entre outros).
Esta unidade do trabalhador e do cidadão do futuro poderá nos levar a comemorar dias melhores em um futuro não muito distante.