Indignados, os trabalhadores da FURP seguem mobilizados e pedem cumprimento de CCT.
Os trabalhadores indignados com a direção da FURP e o Governo do Estado, que apesar de reconhecerem o direito dos trabalhadores em relação ao aditamento da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT, assinado em 11 de abril, com reajuste de salário e benefícios, alegam não ter o dinheiro para arcar com o pagamento, seguem mobilizados e exigem o cumprimento do acordo.
Segundo a direção da FURP, a empresa não tem caixa para arcar com os custos destas melhorias salariais e benefícios e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento, se recusa a disponibilizar os recursos para esta finalidade.
O anúncio da empresa, no último dia 3 de junho, causou revolta nos trabalhadores, que mobilizados, pedem a efetivação desta conquista que é a de todas as indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo, e a FURP, uma Indústria Farmacêutica instalada em Guarulhos, é obrigada a aplicar o reajuste em sua totalidade.
Tanto os trabalhadores como Sindicato repudiam o comportamento da direção da empresa e do Governo do Estado diante desta questão.
Revoltados e indignados, os trabalhadores se manifestam contrários a alguns procedimentos que já vem sendo adotados há algum tempo pela empresa, como:
– Gastos exorbitantes com incineração de medicamentos adquiridos pela FURP e Secretaria do Estado. A incineração se deve por conta da data de validade destes medicamentos, que passados os prazos de utilização, precisam desta destinação;
– Situação idêntica acontece com a matéria-prima, que passado o prazo de validade, precisa ser incinerada;
Além do prejuízo financeiro com a compra dos medicamentos a empresa tem o custo do processo de incineração.
É incompreensível que tal fato esteja ocorrendo, pois trabalhadores da FURP, que atendem nas Farmácias Dose Certa, reclamam que são constantemente agredidos pelos usuários do programa pela falta de medicamento.
Também é objeto de denúncia dos trabalhadores, fato inexplicável e sem manifestação da empresa, até o momento, a desativação de câmara fria instalada no interior da fábrica.
Enquanto a empresa paga aluguel da câmara fria em transportadora terceirizada.
Os trabalhadores também se incomodaram com a desativação da lavanderia, sendo que está dispõe de funcionários e equipamentos adequados. Neste caso, segundo relato dos trabalhadores, a empresa contratada está instalada no Rio de Janeiro e presta um serviço inadequado quanto a higienização dos uniformes.
No setor de transportes, os trabalhadores relatam que a empresa contratou uma empresa terceirizada, sendo que a FURP dispõe de uma equipe qualificada e tem uma frota própria.
A direção do Sindiquímicos lamenta toda esta situação e vai exigir explicações dos responsáveis quanto aos temas abordados, pois entendemos que a FURP e o Governo do Estado não podem lesar seus trabalhadores sob a alegação de falta de recursos.
Segundo consta, as dívidas contraídas pela FURP estão inviabilizando o negócio, porém, informações dão conta que os valores que a empresa teria que receber do Estado em função da construção da unidade de Américo Brasiliense, uma demanda abraçada pelo governador Geraldo Alckmin, hoje utilizada pela iniciativa privada, e que não foram devolvidos, são os grandes responsáveis pela atual crise financeira da empresa.