O ditado popular diz que a corda só arrebenta do lado fraco, no caso da economia brasileira é o trabalhador quem sofre o tranco.

O mega aumento dos combustíveis já deixou o preço médio do litro da gasolina, em todo o Brasil, em R$ 7,26. Numa semana, o reajuste foi de 8,68%. No dia 6 de março, o litro da gasolina era vendido, em média, a R$ 6,68. Está mais caro do que um litro de leite de caixinha, cujo valor médio gira em torno de R$ 4,95 nos supermercados.
No período de um ano, o litro do combustível subiu de R$ 5,59, em 14 de março de 2021, para os atuais R$ 7,26, com elevação de 29,8% em 12 meses. Já o óleo diesel, que no dia 6 de março era vendido a R$ 5,91, aumentou para R$ 6,75 em 14 de março, registrando alta de 14%. No prazo de 12 meses, o litro médio do diesel saiu de R$ 4,33, em 14 de março de 2021, para R$ 6,75, representando aumento de 55,8%.
Outra bomba contra o bolso do trabalhador foi o reajuste no preço do botijão de gás de 13 kg, subindo de R$ 110 para R$ 120. Nos últimos 12 meses, o gás de cozinha sofreu aumento de 23,2%%, no período entre março/2021 e março/2022. Essa alta supera o acumulado dos últimos 12 meses da inflação, que já atingiu 10,54%, segundo última estatística divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Aumento no preço do gás vai impactar no salário

O recente aumento do gás de cozinha, que subiu de R$ 110 para R$ 120 vai bater em cheio no salário do trabalhador. Esse reajuste é equivalente a quase 10% do salário mínimo, R$ 1.212,00. Como a renda média do brasileiro gira em aproximadamente R$ 2 mil, o trabalhador terá comprometida entre 5% e 7,5%, só com a compra do botijão de gás.
Para o funcionário que almoça fora com o vale-refeição, logo esse reajuste será repassado ao valor da comida feita nos bares e restaurantes. Significa que terá de pagar mais para continuar almoçando ou então levar marmita de casa. Por causa dos impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, os supermercados já começaram a aumentar os preços de vários produtos, entre eles o óleo de soja, que desde fevereiro já subiu 5,79%.
Até para tomar café, o trabalhador vai pagar mais caro pelo pão francês, que entre 1º e 12 de março, a farinha de trigo, ficou em média, 4,46% mais cara.

 

Alta do diesel explode na mesa da população

Com a alta do óleo diesel, de 55,8%, saindo de R$ 4,33, em 14 de março de 2021, para R$ 6,75, em igual período de 2022, jogando o preço para R$ 6,75; o trabalhador vai pagar mais para comprar comida. Na feira, por causa das fortes chuvas que prejudicou bastante as plantações, o mamão papaya agora é vendido a R$ 8 a unidade, o melão a R$ 20, o maço da couve flor a R$ 10, o quilo do tomate a R$ 12,00 e o quilo da cenoura a R$ 11.
Como grande parte do transporte de carga no Brasil é feito por meio de caminhões, o reajuste do óleo diesel acabou repassado ao valor das mercadorias. Para complicar a situação, como valor do frete não acompanha o aumento do diesel, logo a parte mais fraca sente o impacto, no caso os trabalhadores.