Taxa média de modalidades caiu em dezembro para 156,33% ao ano, a menor desde agosto de 2016.

A taxa média de juros das operações de crédito para pessoas físicas caiu em dezembro, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Considerando todas as modalidades pesquisadas, a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,49%, passando a mesma de 8,2% ao mês (157,47% ao ano) em novembro de 2016 para 8,16% ao mês (156,33% ao ano) em dezembro de 2016 – a menor taxa de juros desde agosto de 2016. No final de 2015, o juro médio tinha ficado em 139,78% ao ano.

Das seis linhas pesquisadas, apenas a do cheque especial subiu em dezembro: a taxa passou para 314,51% ao ano em dezembro, ante 313,63% em novembro. Trata-se da maior taxa desde março de 1999.

Já a do cartão de crédito caiu de 459,53% ao ano em novembro, para 453,74% ao ano em dezembro – a meno desde outubro do ano passado.

Já no crédito para empresas, das 3 linhas de crédito pesquisadas, todas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média passou de 4,82% ao mês (75,93% ao ano) em novembro de 2016 para 4,74% ao mês (74,32% ao ano) em dezembro de 2016, sendo esta a menor taxa de juros desde julho de 2016.

Queda da Selic

Para o diretor executivo de Estudos e Pesquisa da ANEFAC, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a queda dos juros para o consumidor reflete a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, que está atualmente em 13,75%, e também pode ser atribuída à expectativa de novas reduções da Selic frente à redução da inflação.

“Com certeza 2017 começa com uma nova perspectiva, em 2016 tivemos altos índices dos juros no país, históricos para ser mais preciso, agora, já na primeira reunião do ano do Copom, é possível que tenhamos uma nova redução, o que coloca o Brasil diante de uma nova realidade”, avalia.

“Mesmo assim é importante ficar atento, pois o cenário econômico atual aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência por conta da recessão econômica em curso bem como o desemprego elevado, o que aumenta igualmente o risco de novas elevações das taxas de juros aos consumidores sejam pessoa física ou jurídica”, alerta.