Mas o setor enfrenta dificuldades para exportar até para países vizinhos. No Peru, que importa todos os veículos vendidos no país, por exemplo, a participação do Brasil caiu de 4% para 2% entre 2011 e 2014. Em contraste, 70% dos carros vendidos no mercado peruano chegam da Ásia.

Nos últimos 15 anos, a fatia das exportações na produção de veículos no Brasil passou de 22% para 16%. O quadro mostra que a fraqueza no exterior independe da taxa cambial. A participação das vendas externas manteve-se inalterada tanto em 2010, com real forte, como em 2015, na forte desvalorização.

O Brasil já foi um exportador forte. Mas o mercado interno cresceu e tirou o foco”, diz Megale. Responsável ou não pelo fantasma da ociosidade, a indústria automobilística enfrenta o desafio de ter que, como diz Assis, “repensar seu modelo de negócio”. Do contrário, será difícil conviver com tantos espaços vazios.