A diretoria do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – SindiQuímicos repudia as declarações do presidente Jair Bolsonaro afirmando que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um “parecer” para desobrigar o uso de máscaras por quem estiver vacinado contra a Covid-19 ou por quem já tiver contraído a doença.

Estas manifestações sem pé nem cabeça do Sr. Jair Bolsonaro são estratégias adotadas pelo atual governo para desviar a atenção da população a respeito de uma crise humanitária e sanitária em nosso País, com quase meio milhão de mortes por coronavírus e a falta de uma ação efetiva no combate ao vírus.

Importante registrar que o Brasil registra 17.210.969 casos confirmados e 482.019 mortes por coronavírus. Só nas últimas 24 horas, são 2.504 óbitos e 88.092 novos casos da doença.

Precisamos ultrapassar essa fase de bate-bocas nas redes sociais e de manifestações oficiais de repúdio aos descalabros do presidente da República que dissemina o obscurantismo, o negacionismo e as fake news contra a comprovação científica e a eficácia do uso das máscaras contra a propagação do vírus.

Salientamos que não é de hoje que o governo atual insiste, de forma ultrajante, a passar por cima de todas as recomendações de políticas de saúde. Quem não se lembra de um dos mais ultrajantes episódios do governo, quando em março último e em visita oficial a Israel para conhecer testes preliminares de uma droga contra a Covid-19, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi repreendido por não usar máscara durante uma cerimônia oficial com o chanceler israelense Gabi Ashkenaz.

O presidente é contra as medidas de restrição para conter a disseminação do vírus, consideradas por autoridades sanitárias do Brasil e do mundo todo como essenciais para frear o coronavírus. Ao longo de toda pandemia, tal como moleque, o presidente vem causando aglomerações e, na maioria delas, está sem máscara.

A nação brasileira deve se unir e repudiar a enorme insegurança política que fere a liberdade, os direitos dos cidadãos, que trava a retomada do crescimento e, por consequência, alimenta o desemprego e a pobreza.

O presidente não pode continuar a eximir da culpa diante de uma crise instalada em nosso país e seguir culpando governadores e prefeitos pelos dados negativos da pandemia no país.

O Brasil precisa dar um basta neste ato de deboche e de descaso com a nossa gente.