MP investiga o político após denúncias de enriquecimento ilícito.
Edson Aparecido prestou depoimento a promotores nesta terça.

O secretário estadual da Casa Civil, Edson Aparecido, disse nesta terça-feira (22) ao SPTV que vai deixar o cargo no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo ele, a decisão não tem nada a ver com a condição de investigado pela Promotoria por suspeita de enriquecimento ilícito.
O depoimento do chefe da Casa Civil do governo paulista durou duas horas. O secretário, que é filiado no PSDB, apresentou justificativas para a compra do apartamento onde ele mora, na Vila Nova Conceição, Zona Sul de São Paulo. O Ministério Público suspeita que ele tenha pago apenas um terço do valor de mercado em 2007.
O imóvel pertencia a uma construtora que tem contratos com o governo. O secretário disse que, na época da compra, pagou um valor de mercado e precisou vender um imóvel e pegar emprestado com uma assistente pessoal e com a então namorada, hoje mulher, o restante do valor.
Ele acrescentou que, dos R$ 620 mil que pagou, R$ 110 mil foram em espécie, fruto de diversos empréstimos. Ele negou conhecer os ex-proprietários do imóvel. O secretário, que veio sem advogado, colocou o próprio sigilo bancário e fiscal à disposição do MP.
O secretário disse, ainda, que a operação de compra do imóvel foi declarada à Receita Federal e à Justiça Eleitoral. Todos os documentos foram entregues ao Ministério Público, acrescentou.