Não há como negar mais: a reforma da Previdência, parte já aprovada em primeiro turno em julho, veio para acabar com os direitos do trabalhador. Bolsonaro defende a capitalização da Previdência, responsável pela ruína da classe trabalhadora no Chile, onde foi implantada e fez a festa dos banqueiros.

Velha política de volta
Parlamentares ganharam quase R$ 2 bilhões em emendas para votar favorável
Para conseguir número de votos suficientes na Câmara dos Deputados, o governo, que tanto criticou as gestões passadas, não teve vergonha de liberar perto de R$ 2 bilhões em emendas parlamentares. Esse foi o jeito encontrado para aprovar vários artigos prejudiciais aos trabalhadores, tornando em pesadelo o sonho de se aposentar.

Dignidade
União de deputados preocupados com o trabalhador ajudou a reduzir impactos negativos da reforma da Previdência
Mas nem tudo está perdido. Para reduzir o impacto da proposta inicial da reforma da Previdência. Para o segundo turno de votação, previsto para agosto no Senado, é importante diminuir ainda mais os impactos desta PEC (Proposta de Emenda Constitucional). O eleitor e trabalhador nunca pode se esquecer de que o governo Bolsonaro pretende liquidar com o FGTS dos aposentados, idade máxima de homem e mulher, além de reduzir os direitos dos trabalhadores rurais.

Articulação
Parlamentares preocupados com os trabalhadores lutaram para modificar reforma da Previdência
Enquanto alguns deputados disseram que votariam até de olhos fechados a proposta de reforma da Previdência, entre eles o deputado Eli Correa Filho (DEM/SP), os parlamentares de centro-esquerda num trabalho de articulação dos companheiros Paulinho da Força (SD/SP) e Orlando Silva (PC do B/SP) procuraram construir uma melhora nesta proposta em conjunto com demais deputados para modificar essa PEC enviada pelo governo.

Segundo turno
Continua a luta para que mais alterações da reforma da Previdência não prejudiquem trabalhador
O trabalhador não pode se esquecer da importância do segundo turno de votação da reforma da Previdência, marcada para agosto no Senado. A luta deve prosseguir para que não surjam mais alterações que prejudiquem mais ainda as conquistas trabalhistas. O deputado Paulinho da Força (SD/SP) tem proposta de 70% para todos os trabalhadores no período de transição proposto pela reforma da Previdência.

Alerta
Votação em segundo turno só permite aprovação de emendas supressivas
Diferentemente do primeiro turno, a votação em segundo turno só permite a aprovação de emendas supressivas, que retiram pontos do texto aprovado. O governo acredita que a reforma seja aprovada pelo Senado em setembro.
O início da votação do segundo turno da reforma da Previdência vai ficar para o dia 6 de agosto, assim que recomeçar o semestre legislativo.

Aposentadoria

Reforma da Previdência é para prejudicar o trabalhador

O trabalhador não pode cair na conversa fiada de que a reforma da Previdência é para lhe ajudar. A proposta do governo Bolsonaro é trazer regras mais duras aos trabalhadores que pedirem a sua aposentadoria. Hoje, há duas possibilidades de aposentadorias básicas pelo INSS, uma delas é a por tempo de contribuição, que será extinta.

Com a reforma, trabalhadores se aposentarão por idade
Após a reforma da Previdência, os trabalhadores vão se aposentar por idade ou por meio de uma das regras de transição. Para quem está no mercado, o tempo de contribuição continuará sendo de 15 anos. Porém, a idade mínima subirá de 60 para 62 anos (mulher) e 65 anos para os homens, como é hoje. A aposentadoria das seguradas será de 60% da média das contribuições e aumentará 2% a partir de 16 anos de INSS. Para os homens, esse acréscimo só será aplicado a partir do 21º ano de recolhimentos.