IBGE divulgou hoje a Pesquisa Anual de Serviços referente a 2013; no período, número de empresas também cresceu
A receita operacional líquida dos serviços não financeiros somou R$ 1,246 trilhão em 2013, aponta a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) referente àquele ano, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa, em termos reais, um crescimento de 5,5% sobre 2012.
O número de empresas também cresceu no período. Segundo o IBGE, o número de novos estabelecimentos superou em 59.665 os fechamentos na atividade, totalizando 1,236 milhão de companhias de serviços em atividade em todo o País. Juntas, elas geraram um valor adicionado de R$ 745,2 bilhões em 2013.
“Os serviços se inserem de forma diferenciada no sistema produtivo, e o desempenho das diversas atividades foi impactado tanto pela dinâmica de outros setores, como o de construção, quanto pela dinâmica do mercado de trabalho, do mercado de crédito e pela elevação da renda média da economia brasileira no período 2007-2013”, diz o IBGE.
Com a expansão da atividade, os serviços abriram 534.566 novas vagas. No fim de 2013, o setor empregava 12,485 milhões de pessoas, 4,5% a mais do que no ano anterior. O principal destaque entre os segmentos foi a atividade de agências de notícias e outros serviços de informação, que expandiu a população ocupada em 23,8% em 2013 ante 2012.
Ainda assim, os serviços profissionais, administrativos e complementares (que incluem desde tarefas técnicas, como consultorias, até serviços de vigilância, limpeza e recepção) concentravam 41% da população ocupada em serviços no Brasil em 2013, segundo o órgão.
Todos os mais de 12 milhões de trabalhadores receberam quase R$ 254 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, um crescimento real de 5,9% ante 2012, apontou o IBGE. A remuneração médica ficou em 2,3 salários mínimos em 2013, sendo que o grupamento com a média mais elevada foi o de serviços de informação e comunicação (4,7 salários mínimos).
Em termos regionais, o Sudeste figurou como o principal motor da atividade de serviços no País em 2013. A região foi responsável por 65,6% da receita bruta de prestação de serviços, 65,5% da massa salarial paga e 69,1% das pessoas ocupadas na atividade. Além disso, o salário médio mensal ficou em 2,6 salários mínimos, superior à média brasileira.
O maior crescimento, porém, veio do Centro-Oeste, onde a receita bruta de serviços avançou 9,6% em 2013 ante 2012. Já o emprego expandiu mais no Nordeste (7,2%), considerando o mesmo período.
A PAS começou a ser realizada pelo IBGE em 2007. De lá para cá, os serviços de informação e comunicação, de maior produtividade, perderam participação na receita operacional líquida, de 31,1% em 2007 para 24,3% há dois anos. Antes na primeira colocação entre os grandes setores de serviços, agora a atividade figura em terceiro lugar, atrás de transportes e correio (28,5%) e serviços profissionais (26,9%).
Já em termos de pessoal ocupado, os serviços prestados às famílias destacaram-se e cresceram em importância, respondendo com 21,7% dos trabalhadores em 2013. Essa fatia só é menor do que a dos serviços profissionais (41%), que também expandiu no período de seis anos.