A desaceleração do crescimento do mercado de medicamentos genéricos começa a preocupar a indústria, que registrou sua segunda retração mensal consecutiva em outubro, segundo a Progenéricos, que representa o setor.
Em outubro, o faturamento com as vendas caiu 5,8% em relação a setembro, mês em que também houve queda de 2,8%, apontam dados do IMS Health.
Apesar das oscilações nos resultados mensais, a receita deste ano até outubro segue 8,3% maior que no mesmo período de 2015.
A desaceleração é um reflexo da economia fragilizada, e não de um esgotamento das migrações ao setor, avalia a presidente da associação, Telma Salles.
“A troca de medicamentos de referência por genéricos continua em alta, porém o mercado como um todo se retraiu.” O setor chegou, em outubro, à sua maior fatia de mercado do ano: 31,5% das unidades vendidas.
O vencimento de patentes na área de biossimilares é aguardado pelas empresas como um dos fatores que poderão impulsionar o mercado.
O processo, no entanto, sofre com a demora por parte do INPI (instituto de propriedade intelectual), diz ela.
“O órgão precisa de mais eficiência. São produtos que poderiam nos beneficiar a curto prazo, mas não temos previsão de quando isso deverá se concretizar.”
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Novos suportes
A Manserv, empresa de manutenção industrial, vai investir R$ 130 milhões para entrar nos mercados de redes de telecomunicações e de energia elétrica.
Do montante, a companhia já aportou R$ 50 milhões neste ano para dar início a dois projetos pilotos nas áreas -um deles, com a AES Eletropaulo, para fazer a manutenção de parte da rede aérea da Grande São Paulo.
“São setores que tendem a crescer independente de crise econômica, e há muito espaço para modernização dos serviços, hoje feitos de forma pulverizada, por empresas regionais”, afirma o presidente, Donizete Santos.
O restante do valor será aplicado em 2017, na compra de equipamentos para acesso a regiões remotas, sistemas de monitoramento a distância e treinamento de equipe.
Outra estratégia será buscar consórcios que pretendem concorrer a Parcerias Público-Privadas, para prestar serviços em grandes projetos de infraestrutura.
Neste ano, a companhia prevê um crescimento de cerca de 20% em relação a 2015, quando faturou R$ 1,6 bilhão.
R$ 1,3 bilhão
foi a receita neste ano até setembro, alta anual de 15,3%
22 mil funcionários
trabalham na empresa
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Rumo ao exterior
As vendas de revestimentos cerâmicos para o exterior cresceram 22% entre janeiro e outubro deste ano na comparação com 2015, aponta a Anfacer (associação do setor).
Outros países compram hoje cerca de 13% da produção brasileira e ajudaram a reduzir as perdas em 2016, segundo a entidade.
Empurrado pela alta do dólar no início do ano, o Grupo Fragnani, que teve queda de 6,1% na receita entre janeiro e outubro, dobrou o volume exportado em relação a 2015.
“Vendemos 5,1 milhões de m² para fora, quase 15% da nossa produção, diz João Ribeiro, diretor da empresa.
A Portobello teve alta de 10% nas exportações até o terceiro trimestre. A variação é menor que o previsto inicialmente. “A oscilação do câmbio atrapalhou”, diz o diretor financeiro John Suzuki.
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Escritórios vazios
O segmento de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro deverá ter um de seus piores anos em 2017.
Entre agosto e outubro deste ano, a taxa de vacância ficou em 30,5%, mesmo nível do trimestre anterior, aponta a Cushman & Wakefield.
“No ano que vem, o pico negativo deverá ser maior que 40%”, diz Gustavo Garcia, gerente de pesquisa da consultoria para a América Latina.
Além da baixa demanda, cerca de 247 mil m² deverão ser entregues até o fim de 2017, o equivalente a 20% do que existe na cidade.
A melhora deverá ser gradual. “Um equilíbrio de mercado, com vacância perto de 15%, só ocorrerá entre 2022 e 2023, num cenário otimista.”