A indústria brasileira produziu 0,5% a mais de outubro para novembro, com destaque para o setor extrativo. Comparado a igual período de 2022, o aumento foi de 1,3%. No entanto, a atividade ainda está abaixo do patamar anterior ao da pandemia, segundo o IBGE
São Paulo – A produção industrial brasileira cresceu 0,5% de outubro para novembro e 1,3% em relação a igual período do ano anterior. Foi a quarta alta seguida nessa comparação, segundo o IBGE, que divulgou os resultados nesta sexta-feira (5). Tanto no ano (0,1%) como em 12 meses (0%), a atividade se mantém estável.
Essa situação de estabilidade se mantém desde maio, de acordo com o instituto. “Mesmo com o saldo positivo de 0,9% acumulado nos últimos quatro meses, a produção industrial ainda se encontra 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.
Quatro categorias e 13 dos 25 ramos tiveram alta em novembro. Assim, o IBGE destaca as influências do setor extrativo (3,4%) e de produtos alimentícios (2,8%), este último no quinto mês seguido de expansão. Também tiveram crescimento as áreas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%) e de metalurgia (0,8%). Entre as quedas, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,2%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%).
Petróleo e produtos alimentícios
Em relação a novembro de 2022, o IBGE apurou resultado positivo em duas das quatro categorias, 10 dos 25 ramos, 32 dos 80 grupos e 46,9% dos 789 produtos pesquisados. Destaque também para indústrias extrativas (14,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,6%) e produtos alimentícios (4,7%). O instituto cita a atividade dos setores de bebidas (5,4%), produtos têxteis (9,6%) e produtos de madeira (10,6%). Entre as atividades em queda, veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-19,%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,4%) e máquinas e equipamentos (-10,2%).
Assim, no acumulado do ano, o instituto registra resultado positivo em três da quatro categorias, 10 dos 25 ramos, 30 dos 80 grupos e 40,8% dos 789 produtos. Mais uma vez, o setor extrativo se destaca, com crescimento de 6,1%. Em seguida, coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (6%) e produtos alimentícios (3,9%). O segmento que inclui veículos automotores cai 6,8% e o de máquinas e equipamentos, 7%.
(Por Redação RBA)