Segundo a Confederação da indústria, emprego industrial também registrou leve crescimento no mês retrasado, de 0,1% na comparação com abril.

As horas trabalhadas na produção, o faturamento e o emprego industrial reagiram em maio deste ano, na comparação com abril, segundo informou nesta segunda-feira (3) a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou os indicadores industriais do mês retrasado.

“Esse desempenho favorável ocorre após um mês de números em sua maioria negativos – somente o rendimento médio real havia crescido em abril”, acrescentou a entidade.

A CNI afirmou, porém, que mesmo com os resultados favoráveis de maio, a comparação do acumulado do ano com o mesmo período de 2016 “mostra quedas em todas variáveis”.

“A maior é registrada justamente no faturamento real, 5,7%. Ou seja, apesar do resultado positivo do faturamento industrial em maio, os resultados dos meses anteriores foram mais negativos, prejudicando o desempenho agregado do ano até o momento”, informou a entidade.

Resultados

O faturamento industrial real aumentou 5,5% em maio, após o desconto dos efeitos sazonais. Com isso, o aumento reverte a queda registrada em abril e leva o índice dessazonalizado a 102 pontos, o maior valor em 11 meses.

“No acumulado até maio deste ano, contudo, o faturamento é 5,7% inferior ao registrado em igual período de 2016”, acrescentou.

Já o emprego industrial aumentou 0,1% na passagem de abril para maio, na série livre de influências sazonais. Na comparação do acumulado em 2017, até maio, com igual período de 2016, observa-se queda de 4%.

“Não há mais uma queda contínua do emprego como foi observado de forma quase ininterrupta em 2015 e 2016. Entretanto, ainda não se pode concluir que o emprego está em processo de reversão de sua trajetória de queda’, acrescentou.

No caso das horas trabalhadas na produção, a indústria registrou aumento de 1,6% em maio. Nos cinco primeiros meses deste ano, porém, as horas trabalhadas foram 3,1% inferiores ao registrado no mesmo período de 2016.

“O crescimento reverte a queda dos dois meses anteriores e leva o índice para valor praticamente idêntico ao registrado em janeiro”, informou a CNI.

Já o nível de uso do parque fabril, a chamada capacidade instalada, aumentou 0,8 ponto percentual na comparação com abril e passou para 77,4% na série dessazonalizada.

“A UCI [uso da capacidade instalada] de maio é 0,5 pontos percentuais maior que a registrada no mesmo mês de 2016. No média do ano até maio, contudo, a UCI está 0,5 p.p. abaixo da registrada no mesmo período de 2016”, concluiu.