Índice Ceagesp, referência de preços, apontou queda de 0,63% em julho. Hortaliças e legumes caíram de 5,65% e a batata ficou 16% mais barata.
Depois de tanto subir, o preço dos alimentos começa agora a cair no atacado. Mas já com reflexo nas feiras e nos supermercados.
Até que enfim uma redução do preço que finalmente chega para o consumidor. Pessoal já está vendo o preço remarcado. Uma cena difícil nesses tempos de crise, mas que o consumidor começa a ver aos pouquinhos. No caso das hortaliças e legumes, foi a queda nas vendas e o período de safra de alguns alimentos que forçaram essa queda no preço.
As hortaliças e os legumes tiveram queda de 5,65%. A batata ficou 16% mais barata. E o tomate está custando quase 13% menos.
O feirante Cláudio Lanfranco conta que conseguiu preços menores com os fornecedores e que algumas das reduções nos preços estão sendo repassadas para o consumidor. “Vende mais barato. O único item que aumentou mais foi a berinjela essa semana. Tomate, chuchu, no geral, abobrinha, todos os itens abaixaram um pouco, entendeu?”, diz.
Em um mercado da Zona Sul de São Paulo o gerente percebeu que os clientes já não levam a mesma quantidade de alimentos para casa. “Compravam quantidades, ou principalmente os legumes, compravam de quilo. Hoje elas pedem meio quilo, pedem pacotes menores”, conta Valter José Leite, gerente da loja.
Os economistas dizem que a queda nos preços é inevitável porque as famílias vêm consumindo menos em um momento em que há grande oferta de alimentos. “Além da retração do consumo, o clima favorece. Então um meio do ano atípico de inverno, sem geada na região produtora, isso favoreceu a produção, principalmente de frutas e hortaliças”, explica o economista da Ceagesp, Flávio Godas.
Em uma feira, os preços do tomate estavam sendo remarcados para baixo. “Chegou a safra do tomate. Tomate gosta de calor, o tempo está bom, produziu bastante”, diz o feirante Jairo Alves.
“Até que está razoável, está difícil. Comprar só realmente o que precisa, para não desperdiçar nada”, afirma a fotógrafa Danila Guimarães.
O índice Ceagesp, referência de preços praticados na maior central de abastecimento do país, apontou queda de 0,63% em julho. Mas o problema está no acumulado dos últimos 12 meses, porque houve aumento de 9,27% no preço de frutas, verduras e legumes.