Companhia planeja investir US$ 130,3 bilhões entre 2015 e 2019. Novo plano foi aprovado pelo Conselho de Administração na sexta (26).

A Petrobras reduziu em 37% os investimentos previstos em seu Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, para US$ 130,3 bilhões. No plano anterior, de 2014 a 2018, os investimentos previstos eram de US$ 220,6 bilhões.

O novo Plano de Negócio foi aprovado na sexta-feira (26) pelo Conselho de Administração da estatal, segundo Fato Relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Petrobras também revisou o montante de venda de ativos (desinvestimento) previsto para este ano e o próximo, para US$ 15,1 bilhões. Deste valor, 30% serão em exploração e produção, 30% no abastecimento e 40% em gás e energia. Em 2017 e 2018, os desinvestimentos deverão somar US$ 42,6 bilhões, incluindo reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais.

Investimentos

A maior parte dos investimentos – US$ 108,6 bilhões – será feita na área de exploração e produção. Deste valor, 86% serão destinos ao desenvolvimento da produção, 11% para exploração, e 3% em suporte operacional. Serão investidos US$ 64,4 bilhões em novos sistemas de produção no Brasil, segundo o Plano de Negócio. Do total, 91% no pré-sal.

“A carteira de investimentos do Plano prioriza projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural”, informou.

Abastecimento e energia

Serão investidos, segundo comunicado, US$ 12,8 bilhões no abastecimento. Destes, 69% serão destinados à manutenção e infraestrutura, 11% à conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima, 10% na distribuição, e 10% no Comperj, para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros.

Área de Gás e Energia tem alocados US$ 6,3 bilhões, com destaque para os gasodutos de escoamento do gás do pré-sal e suas respectivas unidades de processamento (UPGNs).

Óleo e Gás

As metas de produção de óleo, gás natural e líquido de gás natural foram atualizados nos Plano. A estatal espera produzir um total de 3,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2020, “ano no qual estimamos que o pré-sal representará mais de 50% da produção total de óleo”.

“Ações já identificadas demonstram que esse resultado pode ser alcançado por meio de maior eficiência na gestão de serviços contratados, racionalização das estruturas e reorganização dos negócios, otimização dos custos de pessoal e redução nos dispêndios de suprimento de insumos”, afirmou.

Desalavancagem

A companhia informou ainda que o plano tem como “objetivos fundamentais” a desalavancagem da Companhia e a geração de valor para os acionistas. E prevê também uma meta de endividamento líquido/EBITDA inferior a 3,0x até 2018 e a 2,5x até 2020.

“Dentre as premissas consideradas no planejamento financeiro do Plano, destacam-se: Preços dos derivados no Brasil com paridade de importação; Preço do Brent (médio): US$ 60/bbl em 2015 e US$ 70/bbl no período 2016-2019; Taxa de câmbio (média): conforme a tabela abaixo”, informou.

Fonte: G1