A nova fórmula aprovada na Câmara dos Deputados já foi discutida em outras ocasiões. O tema foi largamente debatido durante fórum da Previdência realizado em 2007, em que governo, trabalhadores e patrões se reuniram para propor mudanças nas regras previdenciárias.
Como não houve acordo nenhum, nada foi proposto. Só generalidades como estímulo à formalização foram consenso no fórum.
Na ocasião, trabalhadores insistiram em manter as regras, enquanto empresários queriam idade mínima na aposentadoria por tempo de contribuição –no começo, 58 anos para a mulher e 63 anos para o homem, com aumento gradativo até chegar a 62 e 67 anos, respectivamente.
Empregadores também queriam que o cálculo do benefício incluísse todas as contribuições feitas desde julho de 1994, sem desprezar os 20% menores valores, regra criada em 1998 e mantida até hoje.
Nos dois últimos anos do governo Lula, a fórmula 85/95 voltou, quando o coro pelo fim do fator previdenciário aumentou.
O deputado Pepe Vargas (PT-RS) ficou responsável pela relatoria da proposta, que deveria contemplar o novo índice. Como o governo conseguiu abafar a pressão pela mudança no cálculo da aposentadoria, o projeto com a fórmula 85/95 não chegou a ser oficialmente apresentado.