O promotor João Paulo Faustinoni e Silva, do Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc), pediu detalhes ao Centro Paula Souza sobre o fornecimento de merenda aos alunos das Etecs. Os alunos protestam contra a qualidade da merenda e pelo fato de o fornecimento não ocorrer em todas as unidades de ensino técnico.
O promotor abriu outra investigação para apurar a possível falta de normatização e institucionalização de práticas de gestão democrática no ensino estadual.
O G1 procurou o Centro Paula Souza na manhã desta sexta-feira (6) para comentar as investigações e aguarda possível manifestação.
A sede do Centro Paula Souza foi desocupada por volta das 6h40 por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. O complexo estava ocupado desde o dia 28 de abril como protesto, entre outros motivos, pelo escândalo das merendas em São Paulo.
Os policiais retiraram parte dos estudantes pelo braço. Alguns foram arrastados. O prédio foi esvaziado por volta das 6h50. Cerca de cem policiais armados participaram da ação. Ninguém foi preso.
Segundo a Polícia Militar, houve apenas uso moderado da força e nenhum armamento não letal, como bombas e sprays, foi utilizado. Depois da desocupação, um oficial de Justiça fez vistoria e levantamento dos objetos do Centro Paula Souza.
O fotógrafo Mauro Donato, de 50 anos, do Diário do Centro do Mundo, diz ter sido agredido por um PM durante a reintegração do Centro Paula Souza. “O PM bateu primeiro na câmera e depois na cabeça. Foi intencional mesmo”, conta ele que teve um corte no supercilio.
De acordo com o porta voz da PM, o tenente Felipe Neves, cinco alunos deixaram o prédio do Centro Paula Souza durante a madrugada carregando uma caixa com pertences e pegaram um táxi. A PM foi informada e abordou o veículo na Rua da Consolação altura do 1300. Os cinco estudantes foram detidos e encaminhados para o 2º Distrito Policial com alguns equipamentos eletrônicos retirados do prédio.
Após serem retirados do prédio, os estudantes saíram em caminhada com uma faixa vermelha “pela educação”. Eles fecharam a pista local no sentido Centro da Avenida Tiradentes. Na sequência, os alunos tentaram entrar na Fatec da Avenida Tiradentes e policiais impediram. Houve um princípio de tumulto.