A Reforma Trabalhista retirou diversos direitos que a classe trabalhadora conquistou debaixo de muita luta e até com a prisão e morte de lideranças sindicais

Imagine você trabalhador, se na relação Capital x Trabalho não existisse o sindicato para defender os seus direitos? Pense como a vida no chão de fábrica ou mesmo nos escritórios teria inúmeros impactos negativos sobre o desempenho de qualquer profissão?

Até o ano 2017, a Contribuição Sindical era obrigatória e deveria ser paga por todos os trabalhadores no mês de março. Mas após a triste Reforma Trabalhista, Lei 13.467/2017, durante o desgoverno Michel Temer, essa contribuição passou a ser opcional.

Desde 2017, o trabalhador contribui se quiser com o Sindicato da sua categoria. Infelizmente a máquina de falar mal do sindicalismo ganhou força. Logo surgiram as conversas fiadas de que após a Reforma Trabalhista o trabalhador ganharia a liberdade de ficar longe dos sindicatos, que estariam interessados apenas na contribuição, sem dar nada em troca.

Direitos: Essa história é mentirosa. Em vez de melhorar, a Reforma Trabalhista retirou diversos direitos que a classe trabalhadora conquistou debaixo de muita luta e até com a prisão e morte de lideranças sindicais, como ocorreu durante o Regime Militar, onde era proibido fazer qualquer manifestação com intenção de fazer greve ou mesmo reivindicar direitos nas portas de fábricas.

Uma das mentiras é que o trabalhador poderia negociar diretamente com empregador e obter mais conquistas do que numa mesa onde senta a bancada patronal e a bancada sindical. Não demorou para vir à tona que diversas empresas demitiam funcionários que ousassem reivindicar da empresa o cumprimento de direitos que estavam sendo retirados ou concedessem melhor reajuste de salário.

Para complicar a situação, em 1º de janeiro de 2019, o ministério do Trabalho, tornou-se uma secretaria especial do ministério da Economia, que antes se chamava ministério da Fazenda. Somente em 28 de julho de 2021 foi recriado oficialmente como ministério do Trabalho e Previdência. Com redução no quadro de servidores, aumentaram os abusos por parte de alguns empregadores. Só não revogaram a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão, mas diversos direitos passaram a ser ignorados.