Trens dos ramais 10-Turquesa e 12-Safira estão totalmente paralisados; já na 7-Rubi e na 11-Coral operam parcialmente

Funcionários de quatro das seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) cruzaram os braços na manhã desta quarta-feira, 3, por aumento salarial. A paralisação segue até a meia-noite. Por dia, circulam 3 milhões de passageiros nos trens da CPTM. A companhia não informou quantos ferroviários estão parados. Os funcionários decidiram entrar em greve nesta quarta-feira em assembleia realizada na noite desta terça-feira, 2.

No início da manhã desta quarta-feira, não circulam os trens das Linhas 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana). A 7-Rubi  (Luz-Jundiaí) e a 11-Coral (Luz-Estudiantes) funcionam parcialmente.

Na Linha 7-Rubi, a região de Jundiaí, ponto de partida, foi uma das mais afetadas: os trens operam da Estação Caieiras até a Palmeiras-Barra Funda. Do total de 18 estações, a circulação ocorre em dez.

O funcionamento parcial da Linha 11-Coral, que na manhã desta quarta-feira restringe a operação de Guianases à Luz, teve impacto principalmente para moradores de Mogi das Cruzes e Suzano. Das 16 estações, sete estão em funcionamento, menos da metade.

As Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda operam normalmente.

A São Paulo Transporte (SPTrans) informou que, na capital, haverá reforço nas linhas de ônibus que circulam por ramais atendidos pelos trens da companhia. A CPTM não solicitou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese).

De acordo com a CPTM, uma viagem de trem transporte o equivalente a 50 viagens de ônibus e, por isso, a Operação Paese não seria aplicável.

Em nota, a CPTM disse que considera a paralisação “irresponsável”. “A decisão vai contra a recomendação da Justiça de continuar as negociações sem paralisação dos serviços até o próximo dia 11 de junho, quando haverá nova reunião no Tribunal Regional do Trabalho”, informou o texto.

Greve. O Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região (TRT-2) fez na tarde desta terça-feira a terceira audiência de conciliação entre a CPTM e quatro sindicatos de trabalhadores. O encontro terminou com duas novas propostas feitas pela empresa: a primeira de reajuste salarial com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC/Fipe) mais 1% por produtividade – total de 7,72% – e 10% de reajuste para os demais benefícios (vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-maternidade). A segunda, de 8,25% de reajuste linear (para salário e benefícios). A categoria reivindica 7,89% de reajuste mais 10% de aumento real.

Uma nova assembleia dos ferroviários está marcada para as 14 horas desta quarta-feira, quando os sindicatos vão avaliar uma eventual nova proposta da empresa e decidir se continuam com a paralisação.

Uma liminar dada pela Justiça proíbe a liberação de catracas e determina contingente mínimo de 90% do efetivo de maquinistas e 70% de demais atividades nos horários de pico, além de efetivo de 60% nos demais horários.

Fonte: O Estado de S.Paulo