O governo federal espera que a Petrobras e a Braskem firmem um acordo de longo prazo para venda de nafta pela estatal ao setor químico na próxima terça-feira (22).
A nova previsão considera um valor de venda mais elevado do que o costurado inicialmente pelo governo, de 101% da cotação do mercado internacional conhecido como ARA (referente a Amsterdã, Roterdã e Antuérpia). O novo valor, segundo fonte do governo, deverá ficar em 102,1% do ARA.
Esse indicador leva em conta que metade das 7 milhões de toneladas ao ano que a Petrobras fornecerá ao setor químico deverá vir do exterior. Nas contas da estatal, essa metade que vem de fora e custa mais caro seria remunerada a 104,2% do ARA e a outra metade, produzida internamente, seria cobrada por 100% do valor do mercado internacional. Daí a média, em 102,1%.
O medo no governo, porém, é de que até a próxima terça-feira a estatal encontre novos motivos para protelar o acordo, que já foi previsto pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, para ser anunciado na última terça-feira, dia 15. A discussão de detalhes como a qualidade e teor da nafta poderiam ainda prorrogar a formalização do contrato.