Ou seja, somente o setor químico intermediário e de resinas termoplásticas têm 266.522 mais trabalhadores do que a cadeia de extração e refino de petróleo, com 49.981 funcionários.
Mais uma vez o governo Lula atende o monopólio petroquímico prejudicando as indústrias plásticas instaladas no Brasil. “Lamentavelmente, o governo se movimenta em direção a um monopólio do setor químico, visto que esse setor petroquímico tem ditado às regras neste governo, com as bênçãos do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin”, criticou o presidente do SindiQuímicos Guarulhos e da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico), Antonio Silvan Oliveira.
Segundo ele, o governo Lula comete erro ao beneficiar o setor monopolizado em detrimento de uma cadeia produtiva que é a indústria de transformação plástica que emprega centenas de milhares de trabalhadores que fazem a economia movimentar em diversas regiões do Brasil.
De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) enquanto o setor de Extração e Refino de Petróleo têm 294 estabelecimentos, com 49.981 funcionários com remuneração nominal média de R$ 30.353,60; o setor químico intermediário e resinas termoplásticas têm 10.009 estabelecimentos e 316.503 trabalhadores com remuneração nominal média de R$ 5.484,22.
Ou seja, somente o setor químico intermediário e de resinas termoplásticas têm 266.522 mais trabalhadores do que a cadeia de extração e refino de petróleo, com 49.981 funcionários.
“Em vez de desenvolver uma política de verdade para o setor químico, que contemple não somente as petroquímicas, verdadeiro monopólio já muito beneficiado neste governo e na gestão da presidente Dilma Rousself, o presidente Lula cede às pressões das petroquímicas. Ignora as indústrias de transformação plástica, os verdadeiros empregadores neste país, pois como números citados acima, emprega mais funcionários do que as petroquímicas”, disse.
Segundo números do Dieese, os cinco grandes polos petroquímicos, com 34 estabelecimentos no País, têm 4.566 funcionários, cuja remuneração nominal média é de R$ 15.546,44. O seguimento de transformadores plásticos, com 12.630 estabelecimentos no Brasil, emprega 364.444 trabalhadores com remuneração nominal média de R$ 3.405,37, ou seja, o setor de transformadores plásticos têm 359.878 mais funcionários do os cinco grandes polos petroquímicos. Os seguimentos que a cadeia plástica atende são agricultura, construção civil, varejo, automotivo, higiene e limpeza, setor alimentício.
“Infelizmente indústria petroquímica não move uma palha em benefício da indústria de transformação, pois sabem que sempre vão contar com as benesses do governo federal através de políticas de financiamento e aumento da alíquota de importação”, criticou.