Triste do país em que o governo não se preocupa com a sua população. Atualmente o Brasil está próximo de atingir a triste marca de 300 mil mortos pela pandemia provocada pela covid-19. Pior é saber que a nação se aproximada de 12 milhões infectados por essa doença.

Nada disto sensibiliza o chefe da Nação. Pelo contrário, ele continua quebrando todas as regras protocolares instituídas pelas organizações de saúde como meio de reduzir o ritmo de contaminação da covid-19. No prazo de um ano o ministério da Saúde teve quatro ministros, algo nunca visto no Brasil. Nem na época da ditadura militar de 64.

Enquanto vários países não mediam esforços para adquirir vacinas e imunizar rapidamente suas populações, o governo federal insistia em bravatas. Ironiza laboratórios e não aconselhava que o brasileiro se vacinasse. Além de não oferecer nenhum alternativa para resolução deste terrível problema de saúde pública.

Quando chegaram as vacinas, por causa da pressão exercida pelos sindicatos e demais entidades da sociedade civil organizada, o ritmo de aplicação é igual passo de tartaruga. Não por culpa dos profissionais de Saúde, mas pela falta de estrutura e sucateamento do ministério da Saúde.

É tão grave a situação, que o Brasil completou dois meses de vacinação no dia 17 de março. Neste período, o país aplicou ao menos a 1ª dose em 5% dos seus 213 milhões de habitantes, de acordo com projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É 17 pontos percentuais a menos do que os Estados Unidos, que iniciou a vacinação dois meses antes e tem 118 milhões pessoas a mais que o Brasil. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), por dia, são vacinados 4 milhões de norte-americanos. Calcula-se que só após um ano, todos os brasileiros estarão vacinados.

 

Ministério da Saúde cancelou em 2020 compra de kit incubação

Em agosto de 2020, segundo ofício do CNS (Conselho Nacional de Saúde), o ministério da Saúde cancelou compra internacional de medicamentos para o chamado kit incubação. Atualmente, com o agravamento da pandemia, as reservas desses medicamentos estão no fim.

Pior: o governo, através do ministério da Saúde, não menciona no documento, a razão para o cancelamento desta compra. Diversos infectologistas afirmam que mesmo sob ameaça do crescimento do número de vítimas fatais, o ministério da Saúde se preocupou em difundir estratégias como tratamento precoce, recomendando medicamentos que tiveram sua ineficácia comprovada contra a covid-19.

 

Ex-ministro da Saúde zomba do caos na saúde

O deputado e ex-ministro da Saúde, no governo Michel Temer, Ricardo Barros (PP/PR) disse no dia 17 de março que a situação do Brasil, com quase 300 mil mortos pela covid-19, “não é tão crítica assim”. Mais irônico, acrescentou em sua fala, no Congresso Nacional, que o País encontra-se numa situação confortável, diante do caos provocado pela pandemia.

Mesmo com diversas cidades brasileiras, de grande e pequeno porte, em estado de colapso, UTIs lotadas e pacientes morrendo por falta de vagas e de oxigênio, na avaliação do deputado Ricardo Barros, nada disso pode ser considerado como tragédia. Só no Estado de SP existe 28,6 mil internados por covid-19, 12 mil deles em UTIs.

Também não é avaliado como caos a falência de 1 milhão de empresas no ano passado, por causa da pandemia. Nem muito menos os 14 milhões de trabalhadores sem emprego nem a recessão econômica estimada entre 4% e 5% que faz o Brasil parecer um caminhão atolado no lamaçal sem forças para sair.