De acordo com o sindicato, o motivo dos cortes seria a queda nas vendas de veículos novos, que acumulam recuo de 19,2% nos quatro primeiros meses de 2015
A General Motors (GM) demitiu, na última sexta-feira, 8, cerca de 150 metalúrgicos na fábrica de São Caetano do Sul (SP), informou nesta terça-feira, 12 o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. De acordo com a entidade, o motivo dos cortes seria a queda nas vendas de veículos novos, que acumulam recuo de 19,2% nos quatro primeiros meses de 2015. A GM não confirmou números e afirmou que os ajustes no quadro de empregados da unidade fazem parte da “rotatividade de pessoal natural da empresa”.
Trabalhadores protestaram nesta terça-feira contra a decisão da montadora. Segundo o sindicato, os metalúrgicos e a direção da fábrica se reúnem nesta quarta-feira para negociar “medidas alternativas para ajuste de produção sem necessidades de cortes”. O resultado do encontro será avaliado pelos trabalhadores durante assembleia na quinta-feira e, caso não aprovem, a categoria poderá deflagrar greve por tempo indeterminado, diz o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.
A entidade afirma que, no complexo industrial de São Caetano, trabalham cerca de 10,5 mil pessoas, entre horistas e mensalistas. Segundo o sindicato, desde o início do ano, a montado ra americana abriu dois programas de Demissão Voluntária na unidade, os quais teriam atraído 49 pessoas. Na unidade, há 1.286 trabalhadores afastados pela empresa, sendo 819 por meio de lay-off (suspensão temporária dos contratos) e 467 em licença remunerada.
Nesta terça-feira, a GM informou que paralisou, por tempo indeterminado, os três turnos da linha de produção na fábrica de Gravataí (RS), onde produz os modelos Onix, Prisma e Celta. De acordo com a montadora americana, a paralisação foi “forçada” pela decisão das empresas Tegma e Transzero de pararem de fazer o transporte dos veículos produzidos na unidade, após divergências sobre o custo do frete.