Indústrias farmacêuticas brasileiras projetam investir ao menos US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão, na cotação atual) em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos nos Estados Unidos.
A estimativa é do grupo FarmaBrasil, que representa laboratórios como Aché, Bionovis, EMS e Eurofarma, com base em seus associados.
O aporte, que será realizado nos próximos dois ou três anos, prevê acordos de joint venture com laboratórios americanos e aquisições de pequenas empresas.
“A ideia é que os medicamentos sejam fabricados no Brasil. Temos um grande comprador, que é o governo federal, além de parcerias de desenvolvimento produtivo”, diz Reginaldo Arcuri, presidente-executivo do grupo.
A Brace Pharma, empresa do laboratório EMS com base nos Estados Unidos, será responsável pela maior parcela do aporte, US$ 300 milhões (cerca de R$ 930 milhões, na cotação atual).
“O montante será aplicado na continuação de seis projetos no país, bem como em novas oportunidades que avaliamos”, afirma Ricardo Marques, diretor da EMS.
A Biolab instalou um escritório em território norte-americano na semana passada para prospectar negócios. Estão reservados US$ 150 milhões para a nova operação.
“Essa ação é resultado de uma política de inovação nacional. Deixamos de apenas ir buscar licenças no exterior para também levar as nossas para fora”, diz Dante Alário, sócio-diretor da Biolab.
A Libbs têm quatro projetos em desenvolvimento com centros de pesquisas e universidades americanas. “Projetamos aportar 2,5% do nosso faturamento”, diz Marcia Bueno, diretora da Libbs.
Em 2014, a empresa faturou cerca de R$ 1,1 bilhão.
A Cristália, por sua vez, informou que prefere desenvolver tudo no Brasil.