O laboratório farmacêutico nacional Cristália fechou o seu primeiro negócio para exportar tecnologia de produção de medicamentos.
O contrato foi firmado com um grupo mexicano para a transferência de sistemas de fabricação de antirretrovirais.
O nome da empresa parceira e o valor do negócio não foram informados. “Enviamos técnicos, trabalhamos juntos na adaptação da planta e ela foi aprovada neste mês”, diz Ogari Pacheco, presidente do Cristália.
Como estimativa, o empresário disse que, se um projeto semelhante fosse desenvolvido no Brasil, seria necessário um aporte de US$ 40 milhões (cerca de R$ 125 milhões, no câmbio atual).
Além de um valor fixo pelo contrato, o grupo brasileiro deverá receber royalties de aproximadamente 3,5% sobre as vendas de antirretrovirais que forem feitas pelo parceiro mexicano.
O Cristália tem como meta elevar a 9%, até o fim de 2016, a participação dos negócios internacionais no faturamento da companhia. Em 2014, a fatia foi de 6% do total de R$ 1,6 bilhão movimentado.
No mercado interno, a empresa tem procurado se adaptar ao momento de crise econômica. Em vendas de remédios para hospitais, que representam 40% do total, o grupo financia por conta própria alguns compradores que estão mais apertados.
“Há casos em que ampliamos os prazos de pagamento, mas com diminuição dos descontos”, diz Pacheco.
A companhia estima que deverá fechar 2015 com um crescimento nominal de 8%, abaixo dos 14% registrados no ano passado.