Assina Silvan2017 começa com a manutenção de grandes desafios para o movimento sindical e para a classe trabalhadora como um todo.
Já no início do ano legislativo, o governo federal tem usado a sua força, dentro do Congresso, para fazer valer a sua pauta ajustada e negociada com o setor empresarial nacional, encabeçada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP, presidida pelo cidadão, Paulo Skaf, filiado ao PMBD, que foi candidato a prefeito, ao governo e a uma série de outros cargos, sem êxito em nenhum deles, mas que se encastelou na Federação da indústria e de uma forma sorrateira utiliza-se dos recursos do sistema S para divulgar a sua imagem e também para fazer valer os seus compromissos com o governo federal, o que é uma via de duas mãos, ele auxilia o presidente e este, por sua vez, auxilia os empresários.

E assim, caminham os dois de braços dados para o mal do Brasil com milhares de famílias sem emprego, sem comida, sem educação, somente com a perseverança de lutar para continuarem vivos.

Se não bastasse isso, o governo busca meios de inviabilizar o direito legítimo dos trabalhadores firmado através de uma relação compulsória de seu contrato de trabalho. Tanto a reforma Trabalhista quanto a da Previdência, da forma como estão propostas, representam o retrocesso. E o governo, gestor do recurso pago pelo contribuinte do sistema previdenciário, faz a pior opção possível, desvia estes recursos para finalidades outras que passam longe dos direitos dos trabalhadores.

Nem há o que se discutir quanto a reforma proposta pelo governo, ela penaliza o trabalhador, ao propor mudança radical do sistema de contribuição e da idade mínima e colocando homens e mulheres em igualdade.

Estabelecer que homens e mulheres tenham a mesma obrigação em termos de tempo de contribuição é um absurdo, além de ser um contrassenso, é um desrespeito com a mulher que além exerce a dupla, tripla jornada.

E se não bastasse toda esta discrepância no novo cálculo da aposentadoria e a desqualificação do direito do trabalhador, a mídia, comprometida com o sistema e o resultado financeiro, não parece muito empenhada em divulgar a verdade, e por isso, vende a imagem de uma Previdência quebrada, com trabalhadores vivendo mais, o que, consequentemente, leva ao aumento dos anos trabalhados e adia os planos de aposentadoria.

Na contramão, Temer e sua equipe, se é que podemos chamar assim, seguem beneficiando o sistema financeiro e seus juros abusivos. Importante salientar que os mesmos banqueiros que encampam campanhas de cunho social com doações de R$ 3/10 milhões, são os que saqueiam os cofres públicos e lesam a população durante todo o ano.

A redução de juros é uma bandeira do movimento sindical. E a nossa CNTQ – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico, pioneira junto aos seus sindicato filiados, a exemplo do Sindiquímicos, é uma grande defensora desta medida, pois entendemos que não dá para sustentar o mercado sem crédito. Isso não acontece em nenhuma parte do mundo, também não pode se ter crédito com juros abusivos. O sistema financeiro faz o quer com o cidadão. São os vampiros de nossa sociedade.

Na contramão desta benesse aos bancos, o cenário é desanimador, com empresas fechando, quebrando e empurrando o cidadão para o desemprego. Os bancos também estão demitindo, reduzindo o número de agências, etc.

Lideranças sindicais têm travado embates com o governo para que ele faça a sua parte. Temer tem mostrado a que veio. Um governo que não passou pelas urnas, não tem compromisso com a população e está despreocupado em querer agradar. O governo segue a política de quem der mais, leva. E ao que parece, quem deu mais, foi o sistema financeiro.

Estamos mobilizados e preparados para o embate contra as mazelas do governo e pela manutenção dos direitos. Encampamos uma grande frente junto às Confederações, Federações e Sindicatos para não permitir a perda de direitos e o retrocesso.