Crise, Emprego e Perspectivas para os Jovens Trabalhadores nas Indústrias Químicas
Crise, emprego, momento atual e perspectivas para o futuro são os temas principais do Encontro de Jovens trabalhadores nos segmentos industriais químicos da FEQUIMFAR, que será realizado entre os dias 1 e 2 de agosto, na colônia de férias dos Borracheiros, em Praia Grande SP.
“Nosso objetivo fundamental é o de poder fortalecer a Juventude Química da Força Sindical, junto à disponibilização de encontros, palestras, cursos e oficinas, com o máximo de informações e dados, referentes ao cotidiano politico, social, trabalhista e econômico dos jovens. Nesse sentido, o 1º Encontro Estadual da Juventude do Setor Químico deve comtemplar uma gama enorme de questionamentos, frente ao mundo em que vivemos, além de proporcionar um espaço democrático, para discussão de temas e construção de propostas, inerentes ao dia a dia os jovens que trabalham nas indústrias do setor industrial químico. Ressaltamos também, a importância de todo esse trabalho para os jovens, em relação visto que esta é a primeira vez que estão encarando uma crise de grandes proporções, que já começa a afetar a vida de todos”, Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical
Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR, reitera que a juventude representa uma etapa da vida marcada pela superação da dependência e proteção exigida pela infância e adolescência “É na juventude que o indivíduo processa de maneira mais intensa uma formação de valores, junto a sua trajetória e referências de vida, na busca de sua inserção na vida social. Sendo assim, é preciso estar mais atento às suas necessidades e demandas específicas, como o acesso a educação, emprego e no enfrentamento às mais variadas formas de violência física e social.”
PROGRAMAÇÃO
1º PAINEL – Movimento Sindical: reconhecimento da importância e ampliação da participação dos jovens na estrutura sindical
2º PAINEL – Direito Sindical: Acordo e Convenção Coletiva
3º PAINEL – Desafios e perspectiva da juventude: abordagem sobre gênero, raça, etnia e diversidade sexual
4º PAINEL – Juventude do setor químico, vocês tem fome de quê?
Resoluções do 8º Congresso da FEQUIMFAR para os Jovens
A Importância dos Jovens na Gestão do Sindicalismo Moderno
Os jovens têm grande importância na gestão do sindicalismo moderno. Um dos objetivos do sindicalismo brasileiro é assegurar o envolvimento dos jovens na organização e ação sindical. A dificuldade em sindicalizar jovens trabalhadores (as) é uma amarga realidade enfrentada pelos sindicatos, além da falta de interesse desses em relação à história das lutas sindicais. Em consonância a esse fato, percebe-se que os movimentos sociais estão cada vez mais alicerçados pelos jovens, e recebem um oxigênio novo em suas ações.
Não se pode generalizar o pensamento e os anseios da juventude brasileira, pois o Brasil é um berço de diferenças culturais, econômicas e sociais, mas é fácil identificar os principais interesses destes que serão a força motora da nação. As pautas giram em torno de questões estruturais, como uma educação de qualidade que lhes garantam perspectiva no futuro, segurança e transporte eficientes para usufruir de sua liberdade, decentes condições de saúde pública e o que dignifica o cidadão, o direito ao “emprego”.
As bandeiras içadas pelo movimento sindical e pelos jovens contemporâneos são as mesmas, porém a maneira de agir diverge em suas ações e a comunicação não estabelece um diálogo permanente e saudável. É possível observar que a principal fonte de mobilização da juventude se dá por estratégias eficazes no ambiente virtual e as relações se estabelecem fortemente nas mídias sociais, nos blogs, nos aplicativos para celulares e tablets, num diálogo constante e veloz, com uma linguagem que se universalizou e atende todas as esferas sociais. Talvez seja por esse ambiente que o movimento sindical, que ainda caminha a pequenos passos, atingirá objetivos mais consistentes em relação à juventude.
Fortalecer a organização da juventude nas instâncias do sindicalismo, qualificar a intervenção nos espaços de atuação e ampliar a participação dos jovens nas direções sindicais é uma meta factível e que pode ser alcançada, desde que aqueles que acumulam experiência a desejem. Essa mescla de conhecimento e experiência, aliados à força e garra da juventude é fundamental para a saúde do sindicalismo brasileiro e pontuará os novos rumos traçados pela classe trabalhadora.
É fator imprescindível que esse jovem, ao entrar no movimento sindical, passe por um período de formação, compreendendo a história de lutas e conquistas, as vivências dos sindicalistas mais experientes e construindo um olhar mais politizado, para assim se tornar capaz de trazer um novo ponto de vista ao debate político nos sindicatos, federações, confederações, centrais e junto à sociedade.
Essa é uma nova geração, não apenas em relação à idade, mas em sua maneira de entender e construir política social e sindical. Nela, existe um potencial enorme e eficaz de comunicação e sua capacidade criativa, capaz de mobilizar a classe trabalhadora e de romper com as formas ultrapassadas que ainda estão existem no mundo sindical. O papel dos jovens é de fundamental importância para a manutenção de toda essa incansável luta do movimento sindical, pelos direitos trabalhistas e sociais, e pela construção de uma sociedade com mais justiça, igualdade e democracia.
A FEQUIMFAR e o Departamento da Juventude, considerando o exposto, buscam construir ações sindicais e articulações políticas que possam responder às diferentes dimensões e aspectos dos(as) jovens trabalhadores(a) do setor químico. Nesse contexto, apresentamos as resoluções do 8º Congresso em consonância com a Lei nº 12.852 – 05/08/2013 – Estatuto da Juventude e com discussões de políticas públicas da Secretaria Nacional de Juventude e Conselho Nacional de Juventude, desta forma a FEQUIMFAR estará alicerçada em uma discussão ampla no âmbito nacional para a execução de suas ações sindicais.
– Fortalecer a participação nos debates de políticas públicas específicas à juventude, reconhecendo a diversidade juvenil, fortalecendo o diálogo, as parcerias e articulações a fim de que a política pública de juventude – PPJ – possa se transformar em uma política de Estado;
– Valorização e promoção da participação sindical, social e política do (a) jovem trabalhador (a) do segmento químico;
– Promoção de debates dos temas mais prevalentes nos (as) jovens: droga lícita e não lícita, gênero, sexualidade, saúde dos(as) trabalhadores(as), discriminações: raça e etnia;
– Promoção de debate sobre o direito do(a) jovem à profissionalização, ao trabalho exercido em condições de equidade e segurança, adequadamente remunerado e com proteção social; o desemprego juvenil e assegurar o trabalho decente para os(as) jovens;
– Identificar e combater ao trabalho infantil
– Ampliação e fortalecimento do número de jovens trabalhadores do setor químico nos cargos de direção da estrutura sindical (sindicato, federação, confederação e central);
– Desenvolvimento de pesquisa de opinião no setor químico, buscando levantar as questões da juventude química, de modo a possibilitar a análise e reflexão sobre o perfil, demandas e formas de participação para identificar o perfil do (a) jovem trabalhador(a) do setor químico, subsidiando as ações sindicais de forma integrada;
– Utilização de tecnologias sociais para a disseminação de ações sindicais direcionadas a inclusão, emancipação e garantia de direitos da juventude química;
– Que se cumpra a Lei 10.907/2000 do Menor Aprendiz, buscando articular investimento na formação profissional, assegurando o direito a salário descente de acordo com a ocupação e carga horária flexível para que o(a) jovem continue estudando.