O clima na Câmara Municipal para a realização dos trabalhos na tarde desta quinta-feira, 05, foi tenso. Teve a presença de policiais militares da Força Tática, gritos nas galerias e até entrega de pizza ao final da votação do relatório da oposição do prefeito Sebastião Almeida (PT) na Casa de Leis, que previa a continuidade do rito de cassação do mandato do chefe do Poder Executivo Municipal.

No entanto, o arquivamento do pedido de impeachment foi considerado o resultado mais justo pelo vereador e líder do governo na Câmara, Samuel Vasconcelos (PT).

“Plenamente justo. Todas as denúncias apresentadas sem fundamentos e esta Casa, por exemplo, a questão das contas já tinha julgado procedente. Então, a Câmara fez justiça em barrar essas denúncias de impeachment do prefeito Almeida. Na verdade, o presidente (Professor Jesus – DEM) não acompanhou devidamente a denúncia, acabou por acatar e depois analisando com sua equipe jurídica percebeu que não tinha fundamento. A Casa fez justiça”, declarou Vasconcelos.

Entretanto, no momento da votação do relatório o plenário da Casa de Leis contou com apenas 25 dos 34 parlamentares. Vereadores como o ex-secretário de Segurança Pública, João Dárcio (PTN), e Moacir Souza (PT) optaram por não participar da votação, uma vez que estavam presentes naquela sessão extraordinária. Em contrapartida, os parlamentares Daniel Soares (DEM), Edmilson Americano (PHS), Elmer Japonês (PR), Verinha Souza (PMB), Toninho Magalhães (PTC) e Serjão Inovação (PSL) não compareceram a relativa sessão.

“A gente que vive no mundo jurídico sabe que importa são as especificações e objetivo, e não ficar enchendo linguiça. O que importa é o direcionamento e os vereadores entenderam que era o caso de dar o parecer favorável. E lamentavelmente não atingimos em plenário o número mínimo de 20 vereadores. Não me considero derrotado, pelo contrário, fizemos a nossa parte e podem ser considerados derrotados aqueles que se ausentaram na votação”, explicou o vereador e vice-presidente da Comissão Especial, Laércio Sandes (DEM).

Contudo, a divergência entre os representantes das siglas partidárias que possuem representação na Casa de Leis foi a tônica da votação. Dos seis democratas no Legislativo quatro votaram a favor da formação da Comissão Processante. Entretanto, o vereador e presidente da Câmara, Professor Jesus (DEM) optou pelo arquivamento, bem como a ausência de Daniel Soares (DEM). O cenário também foi o mesmo com o PSD. Enquanto o vereador e ex-secretário de Serviços Públicos, Eduardo Soltur, votou pelo encerramento, assim como Toninho da Farmácia (PSD), Luiz Matogrosso (PSD) optou pela continuidade dos trabalhos.

“Nós queríamos demonstrar na Comissão que tínhamos capacidade de dizer que a questão precisava seguir para investigação e não pelo arquivamento sumário como propunha o relatório do Edmilson Souza, que estava representando o Partido dos Trabalhadores e toda base governista. Nós estudamos e decidimos apresentar uma alternativa paralela”, concluiu Sandes.

Confira como votou cada vereador 

*Claudilson Pezão (PT) – Não;

*Daniel Soares (DEM) – Ausente;

*Dona Maria (PT) – Não;

*Alexandre Dentista (PSDC) – Sim;

*Laércio Sandes (DEM) – Sim;

*Vitor da Farmácia (PROS) – Sim;

*Edmilson Americano (PHS) – Ausente;

*Edmilson Souza (PT) – Não;

*Eduardo Soltur (PSD) – Não;

*Elmer Japonês (PR) – Ausente;

*Genilda Bernardes (PT) – Não;

*Geraldo Celestino (PSDB) – Sim;

*Guti (PSB) – Sim;

*Heleno Metalúrgico (PDT) – Sim;

*João Barbosa (PRB) – Sim;

*João Dárcio (PTN) – Ausente;

*Lameh Smeili (PMDB) – Não;

*Luiz Matogrosso (PSD) – Sim;

*Marcelo Seminaldo (PT) – Não;

*Pastor Anistaldo (PSC) – Não;

*Paulo Sérgio (DEM) – Sim;

*Samuel Vasconcelos (PT) – Não;

*Rômulo Ornelas (PT) – Não;

*Professor Jesus (DEM) – Não;

*Moacir Souza (PT) – Ausente;

*Ramos da Padaria (DEM) – Sim;

*Romildo Santos (DEM) – Sim;

*Serjão Inovação (PSL) – Ausente;

*Toninho da Farmácia (PSD) – Não;

*Toninho Magalhães (PTC) – Ausente;

*Verinha Souza (PMB) – Ausente;

*Willian Paneque (PSDB) – Sim;

*Zé Luiz (PT) – Não