Período de rápida expansão pode estar chegando ao fim. A economia britânica foi a que mais cresceu no G7.
O crescimento econômico britânico desacelerou mais que o esperado nos três meses até setembro após a maior queda no setor de construção registrada no país em três anos. O desempenho elevou as chances de que um período de rápida expansão esteja chegando ao fim.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre desacelerou para 0,5%, ante 0,7% nos três meses até junho, contra expectativas de 0,6% de economistas, informou nesta terça-feira (27) a Agência Nacional de Estatísticas.
A produção foi 2,3%o maior do que um ano antes, em comparação com projeção de repetição da marca de 2,4% do segundo trimestre, o menor aumento em dois anos.
A economia britânica foi a que mais cresceu no G7, grupo que reúne as principais economias avançadas, em 2013 e 2014, recuperando o terreno perdido após a crise financeira. Mas neste mês o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que o crescimento deve desacelerar para 2,5% neste ano, perto da média de longo prazo da Grã-Bretanha.
Os dados mais recentes de crescimento também podem levar o banco central britânico a parar para refletir, após também prever que a economia cresceria 0,6% no terceiro trimestre.
Economistas consultados em pesquisa da Reuters publicada na segunda-feira passaram a projetar que o banco central só começará a elevar os juros no segundo trimestre de 2016. No levantamento anterior, a expectativa era de que o aperto monetário tivesse início no primeiro trimestre.
Embora as maiores preocupações econômicas no trimestre se concentrassem na queda das bolsas na China, o principal motivo para a desaceleração do PIB britânico foi um declínio de 2,2% no setor doméstico de construção.
A agência informou que o clima incomumente úmido em agosto pode ter tido alguma responsabilidade por isso e que sua estimativa trimestral assumia que o crescimento no setor havia se recuperado em 1,3% em setembro.