O dólar é negociado em alta nesta terça-feira, 10, acima dos R$ 3,80. Na metade da manhã, o dólar renovou máximas perante o real e também em relação ao euro, iene e algumas divisas emergentes com forte correlação com o real, como o peso mexicano e o peso chileno.

Os agentes no mercado doméstico voltam a especular sobre uma possível saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Os rumores acontecem após determinação da presidente Dilma Rousseff para rever o corte de R$ 30,5 bilhões que ele havia anunciado no mês passado para o limite das operações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), administrado pelo BNDES.No noticiário externo, o investidor reage à fraca inflação ao consumidor da China, enquanto mantém a cautela em meio ao aumento da expectativa para o início do aperto monetário nos EUA em dezembro. O índice de preços ao consumidor (CPI) da China avançou 1,3% em outubro na comparação com igual mês do ano passado.

A taxa ficou abaixo da expectativa de aumento de 1,4%. Em relação a setembro, houve recuo de 0,3%, ante avanço de 0,1% no mês anterior na mesma comparação. Segundo analistas, os dados abrem espaço para Pequim para continuar relaxando sua política monetária e permitir que o yuan se desvalorize ainda mais.

Às 9h56, o dólar à vista no balcão estava cotado a R$ 3,8142 em alta de 0,63%. Na máxima, bateu os R$ 3,8235. Em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), o superintendente de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes da Silva, disse que os leilões de linha do BC à tarde poderão contribuir para conter a alta. Porém, prevalece a cautela com os novos sinais de enfraquecimento de Levy.

Nos Estados Unidos, o índice de otimismo das pequenas empresas dos EUA, medido pela Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês), ficou em 96,1 em outubro, como em setembro e muito perto do esperado (96,2).