Depois de muita pressão nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff avisou que manterá no cargo o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e deslocará o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) para fazer a coordenação política de dentro do Palácio do Planalto.

O assessor especial Giles Azevedo deve ser o principal auxiliar de Berzoini na pasta.

Essa movimentação faz parte do primeiro esboço da reforma administrativa desenhada pela presidente Dilma Rousseff. Como em 2014, Mercadante ficará responsável pela gestão do governo e Berzoini, pela política. Dilma ainda fará consultas para definir as outras mudanças que virão com a reforma.

A presidente reconhece que precisa melhorar a interlocução política do Palácio do Planalto. Tanto que, depois de Michel Temer deixar a função, os próprios Berzoini e Giles foram emergencialmente escalados para cumprir a tarefa.

No Planalto, foi descartada a possibilidade de a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, assumir a Casa Civil.

Embora a ministra seja amiga de Dilma, a avaliação palaciana é que ela não tem apoio nem mesmo do PMDB, o que causaria problemas para o governo.

Até o momento, a presidente está com dificuldade de definir o organograma da reforma administrativa. “Ainda não há o novo formato do governo”, disse ao Blog um ministro.

Segundo interlocutores, Dilma quer cortar dez ministérios. Mas está preocupada em manter os aliados, como o PMDB, em pastas estratégicas, para ter governabilidade.

Fonte: G1