O pesadelo das dívidas continua atormentando o sono de mais de 60 milhões de brasileiros, que estão com o pagamento de contas em atraso. Há 12 anos que o País não tinha tantas pessoas com esse terrível problema. Para piorar, a falta de dinheiro obriga grande parte desta população a renegociar dívidas de serviços básicos (água e luz).
A situação é tão grave que débitos de R$ 700 chegaram a ser parcelados em 24 vezes, jogando a dívida, por causa dos juros, para aproximadamente R$ 2 mil. Na avaliação de instituições do comércio, no primeiro semestre de 2022, quase 30% das famílias tinham contas ou dívidas atrasadas, outro triste recorde desde janeiro de 2010, quando começou o levantamento.

Contas: Outra bomba relógio é o percentual de brasileiros com dívidas a vencer, seja no cartão, no cheque especial ou a prestação da casa, que atingiu, neste ano de 2022, 78% pelos cálculos das entidades de defesa do consumidor. Do outro lado, a alta dos preços em diversos itens de consumo, prejudica o brasileiro que enfrenta dificuldade para pagar as contas.
O drama de milhões de brasileiros, neste final de governo, é ter de escolher entre pagar as dívidas, principalmente as em atraso, ou garantir a comida sobre a mesa, com itens básicos, escolhidos rigorosamente nas prateleiras dos supermercados ou nas bancas das feiras livres, onde os preços não param de subir, diluindo velozmente o poder de compra do trabalhador.