No Nordeste, a taxa passou de 9,6% para 12,8%, no Sudeste, de 8% para 11,4%, no Norte, de 8,7% para 10,5%, no Centro-Oeste, de 7,3% para 9,7%, e no Sul, de 5,1% para 7,3%.
“Tradicionalmente as taxas do Nordeste são mais altas por diversos motivos: processo de informalização maior – o comércio nessas áreas ou parte dos serviços tendem a ser voltados pela informalidade. Isso traz para o mercado de trabalho uma procura maior [por emprego]. Além disso, tem uma concentração menor de indústria, além de tudo isso, concentra uma população mais jovem. É um conjunto de fatores que tradicionalmente colocam as regiões de Norte e Nordeste num patamar mais alto na taxa de desocupação”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No final da lista, ficaram Santa Catarina, com taxa de 6%, Rio Grande do Sul, 7,5%, e Rondônia, também com 7,5%.
Carteira de trabalho
No Brasil, o percentual médio de trabalhadores empregados com carteira assinada chegou a 78,1%. Na análise das regiões, a Sul apresentou o maior número, de 85,1%, seguido por Sudeste, 83,7%, Centro-Oeste, 78,1%, Norte, 63,5%, e Nordeste, 63,1%.
Entre os Estados, os maiores percentuais partiram de Santa Catarina, 89,1%, Rio de Janeiro, 86,3%, e São Paulo, 85,5%. E os menores vieram de Maranhão, 52,5%, Piauí, 53,3%, e Paraíba, 57,3%.
Salários
O rendimento médio real dos trabalhadores ficou em R$ 1.966. Alcançaram taxas maiores do que a média as regiões Sudeste (R$ 2.299), Centro-Oeste (R$ 2.200) e Sul (R$ 2.098). Norte (R$ 1.481) e Nordeste (R$ 1.323) ficaram abaixo da média do país.
A pesquisa mosta que os trabalhadores do Distrito Federal têm, em média, o maior rendimento: R$ 3.598, seguido por São Paulo, R$ 2.588, e Rio de Janeiro, R$ 2.263. Na outra ponta, estão Maranhão, R$ 1.032, Piauí, R$ 1.263, e Ceará, R$ 1.285.
Nível de ocupação
O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,7% para o Brasil no 1º trimestre de 2016. Apenas a região Nordeste (49%) ficou abaixo da média do país.
Entre as grandes regiões, a maior diferença foi observada entre homens e mulheres ocorreu na região Norte, 27 pontos percentuais, e a menor, na Sul.
Sexo e idade
A região Norte registrou a maior diferença na taxa de desemprego por sexo: 5,4 ponto percentual acima do índice para os homens. Por outro lado, as regiões Sul e Sudeste apresentaram a menor diferença, 2,9 pontos percentuais maior para as mulheres. No país todo, a taxa ficou em 9,5% para os homens e 12,7% para as mulheres.
A taxa de desocupação entre pessoas de 18 a 24 anos ficou acima de 25% nas regiões Sudeste (25,5%) e Nordeste (27,4%), maior do que a média nacional. A mais baixa, por outro lado, foi observada na região Sul (17,2%).
A região com maior proporção de jovens ocupados é a Norte, onde a população de 18 a 24 anos representava 14,1% dos ocupados.
Na análise da população desocupada, somente na região Nordeste o percentual de mulheres na população desocupada (48,9%) foi inferior ao de homens. Já a maior participação das mulheres dentre os desocupados foi observada na região Sul (54,4%).
De acordo com o IBGE, a população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por mulheres, que, no 1º trimestre de 2016, representavam 66,1% desse contingente. A tendência era seguida por todas as regiões analisadas.
Estudos
O percentual de pessoas sem instrução até ensino fundamental incompleto era superior aos das demais regiões nas regiões Norte (37,6%) e Nordeste (39,0%). No Sudeste (34,4%), o percentual das pessoas que tinham o ensino médio completo era superior aos das demais regiões. A região Sudeste (21,6%) foi a que apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto a região Norte teve o menor (12,2%).