Depois de muitos investimentos na região Nordeste, o setor de call center se volta para o Estado de São Paulo, sede de muitas das companhias especializadas no atendimento a clientes.
A Almaviva, que investe R$ 64 milhões apenas neste ano, abrirá com 85% desses aportes dois centros: em agosto, uma segunda operação em Teresina (PI) e, em setembro, uma terceira unidade em Maceió (AL). Com sete unidades no Nordeste, onde se concentra a maior parte de seus 32 mil funcionários, a empresa avalia que o potencial de atração das cidades nordestinas, para onde também foi a concorrência, começa a se esgotar. Para 2016, o plano é ter um ou dois novos centros, provavelmente fora daquela região. “De quatro opções que avaliamos, três são em São Paulo”, diz o vice-presidente Francesco Renzetti. Para o executivo, com o aumento do desemprego no país, qualidades do Sudeste voltam a se sobressair. “Vamos para áreas com pessoas que foram ou serão demitidas, que tenham universidades, escolas técnicas e pouca presença de concorrentes [que podem dificultar a contratação de mão de obra]. Os Estados estão dando incentivos semelhantes.” Para este ano, a empresa projeta um faturamento superior a R$ 900 milhões -em 2015, foram R$ 700 milhões. A Investe SP já detectou a demanda de contact centers no Estado. “As regiões metropolitanas têm esse perfil [para receber call centers], mão de obra qualificada, que pode estar saindo de alguns segmentos, como o do comércio, e buscando recolocação em outra área de serviços”, diz Juan Quirós, presidente da agência paulista de promoção. O executivo afirma que o Estado está para receber novos investimentos do setor, mas que as negociações ainda estão em andamento.
Principais concorrentes no setor: Atento, Contax, AlmavivA, AeC e Tivit