Os consumidores residenciais vão sentir redução média de 1,18% nas contas de luz em 2016, mas há enorme variação das tarifas, dependendo da região e da área de cada distribuidora. As projeções foram feitas pela TR Soluções, consultoria especializada no acompanhamento tarifário.
Das 38 empresas acompanhadas pela consultoria, 15 deverão ter queda nas tarifas, que pode chegar a 17% – caso da Eletropaulo (SP). Outras 23 concessionárias têm estimativa de aumento. O maior deles, em torno de 17%, é o da Cosern (RN). “No geral, os reajustes de 2016 realmente serão bem mais comportados do que aqueles verificados em 2015, resultado de algumas reduções esperadas nos custos do fornecimento de energia”, informou a TR Soluções.
Se for considerado o tamanho do mercado das distribuidoras, para o cálculo do efeito médio percebido pelo consumidor residencial, a consultoria aponta redução média de 1,18%. As contas pagas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem cair 4,29% – trata-se, novamente, de uma média das empresas. Já quem vive no Norte e Nordeste perceberá alta de 9,28%.
O que explica essa tendência é a estrutura das tarifas nas regiões. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou redução de 32% da tarifa da usina binacional de Itaipu, cobrada em dólares, que é direcionada às distribuidoras do Centro-Sul. A autarquia também colocou em audiência pública o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), com forte peso nas tarifas, com queda de 36% sobre os valores de 2015.