Donald Tusk se dirigiu aos migrantes econômicos.
Ele pediu para países não tomarem decisões unilaterais.

 

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu nesta quinta-feira (3) que os migrantes econômicos não se dirijam à Europa, após se reunir em Atenas com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

“Quero lançar um apelo a todos os migrantes econômicos ilegais potenciais, de onde forem. Não venham à Europa. Não acreditem nos traficantes. Não coloquem em risco suas vidas e seu dinheiro. Tudo isso não servirá de nada”, disse em uma coletiva de imprensa.

Tusk também afirmou que as decisões unilaterais tomadas por alguns países da União Europeia (UE) referentes à crise migratória prejudicam a solidariedade dentro do bloco. “As decisões unilaterais, sem coordenação prévia, embora sejam compreensíveis em um contexto nacional, prejudicam o espírito europeu de solidariedade”, disse o presidente do Conselho Europeu, em referência a alguns países europeus que restringiram o número de migrantes autorizados a entrar em seus territórios.

Grécia
“A Grécia vai requerer que todos os países respeitem o Tratado Europeu e que haja sanções para aqueles que não o fizerem”, afirmou primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que se reuniu com Tusk antes da realização de cúpula de líderes da UE na próxima semana.”Nós pedimos que parem as ações unilaterais na Europa.”

 Autoridades da UE disseram à Reuters que os europeus, e em particular o governo alemão, estão olhando para a Turquia para reduzir o número de chegadas de imigrantes na Grécia para menos de 1.000 por dia, no máximo, como uma condição inicial para a discussão sobre receber alguns refugiados sírios diretamente da Turquia.

Tsipras disse que a Grécia continuará fazendo o que for possível para garantir que imigrantes ou refugiados não fiquem sem assistência, mas não pode suportar o peso sozinha.

“Nós não vamos permitir que a Grécia ou qualquer outro país se transforme em um armazém de almas”, disse Tsipras. “Estamos em um momento crucial para o futuro da Europa.”

“Nós faremos todos os esforços para aplicar o tratado Schenghen e a Convenção de Genebra. Não vamos devolver as pessoas ao mar, arriscando a vida das crianças.”