O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu na quarta (4) desligar 12 usinas térmicas com custo variável unitário acima de R$ 150 por megawatt-hora (MWh). As termelétricas serão desligadas a partir de sábado (7) e totalizam 2 mil megawatts médios. A previsão é que a medida resulte em uma redução de R$ 288 milhões ao mês.
Em agosto do ano passado, o CMSE determinou o desligamento de usinas com custo acima de 600/MWh. Em março deste ano foram desligadas as usinas com custo superior a R$ 250/MWh, e, em abril, saíram de operação usinas que custavam mais de R$ 211/MWh.
O acionamento das termelétricas é necessário para garantir o suprimento de energia do país, especialmente quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está baixo, por causa da falta de chuvas. Com o maior uso de térmicas, a energia fica mais cara, e o governo determina o acionamento das bandeiras tarifárias vermelha ou amarela, que representam um custo a mais na conta dos consumidores de energia. Desde o mês passado, a bandeira tarifária acionada é a verde, ou seja, não está sendo cobrado uma taxa extra nas contas de luz.
Quanto ao risco de faltar energia no país em 2016, o comitê avaliou hoje que o risco de déficit de energia é zero para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, em todos os cenários avaliados. O grupo avaliou que a evolução das condições hidroenergéticas do Sistema Interligado Nacional no período úmido 2015/2016 foi significativa na sua maior parte. O nível de armazenamento dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram 70% da capacidade de armazenamento dos reservatórios do país, atingiu 57,6% de sua capacidade máxima no final de abril.
O comitê avaliou que o sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações. De acordo com o comitê, em 2016 entraram em operação novos empreendimentos que geraram 2.792 MW.