Depois de dois anos de disputa de algumas das maiores farmacêuticas internacionais pelo Aché, o grupo brasileiro volta à mira para uma possível aquisição.
Em 2013, as gigantes Pfizer, Novartis e Abbott Laboratories consideraram investir pelo menos US$ 6 bilhões na compra do grupo – na época, essa negociação equivalia a cerca de R$ 12,1 bilhões. O negócio nunca foi adiante pela falta de interesse dos controladores do Aché – as famílias Dellape Baptista, Siaulys e Depieri -, que é a número um do mercado farmacêutico brasileiro.
Mas a forte desvalorização do real de lá pra cá voltou a tornar o Aché um alvo atraente. Pelo menos a Pfizer retomou as conversas sobre o assunto – em fevereiro, ela pagou US$ 17 bilhões (R$ 67,3 bilhões) pela Hospira, líder no segmento de drogas injetáveis em todo o mundo. Oficialmente, o Aché nunca confirmou que esteve à venda.
O valor de mercado atualizado do Aché seria algo entre R$ 10,5 bilhões e R$ 14 bilhões. Segundo uma fonte ouvida pelo Glamurama, os controladores do grupo estariam dispostos a considerar uma oferta de pelo menos R$ 15 bilhões.
Além do Aché, os Dellape Baptista também controlam a administradora de shopping centers Partage Empreendimentos. Os Siauly possuem vários hoteis de luxo, como o Unique, em São Paulo, e os Depiere são investidores do mercado financeiro.