Neste grave momento em que o Brasil atravessa, por causa desta pandemia que até esta segunda-feira (6) já provocou a morte de 506 pessoas e 11.516 casos em nosso país, é chegada a hora de o presidente Bolsonaro entrar em contato urgentemente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

É o momento de ele conhecer profundamente o chefe do Executivo norte-americano e pedir a liberação de máquinas, equipamentos, luvas, aventais, máscaras e respiradores que comprados na China pelo governador da Bahia, Rui Costa, acabaram retidos nos Estados Unidos, não sendo entregues no Brasil, como o combinado.

A diretoria do Sindiquímicos Guarulhos sugere que o presidente Bolsonaro faça essa negociação. Afinal de contas ele cedeu o espaço aéreo brasileiro, quando de bandeja entregou a base espacial de Alcântara, localizada no Maranhão, aos Estados Unidos, numa negociação vergonhosa para qualquer estadista.

Da mesma, de mão beijada, está colocando nas mãos do capital norte-americano a Petrobras. Amigos, como diz o ditado popular, ajudam o outro na hora da necessidade; então agora Bolsonaro precisa conhecer de verdade se o Donald Trump vai estender a sua mão para socorrer a saúde brasileira.

Infelizmente, diversas nações concentraram erroneamente a produção de inúmeras mercadorias na China. Tudo por uma questão econômica, deixando em segundo plano a necessidade estratégica do país.

O capital mostra mais uma vez o seu equívoco, de considerar em primeiro plano o lucro acima de tudo. Não é novidade que o modelo capitalista atual buscou a exploração que vinha e ainda persiste em solo chinês, de as indústrias conquistarem maior margem de lucro.

O capital é parte. Não pode ser tudo, jamais deve ser a única razão de existência de uma indústria, não importa o setor em que atue. O lucro é importante, mas não pode ser a única razão de existência de uma indústria.

Elas precisam reconhecer e aplicar sua parte social, mas essa não é a vontade, mas a existência do capitalismo. Hoje estamos enxergando que muitas nações têm o dinheiro, porém faltam os equipamentos essenciais para ajudar a reduzir a mortalidade de seus cidadãos, acometidos pelo covid-19.

O presidente Bolsonaro, como dirigente máximo desta nação, precisa resolver este problema. Não pode deixar nas mãos de governadores e ministros. É ele quem deve ficar à frente desta grave questão, numa linha direta, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o qual ele diz ser o seu amigo.

 

 

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