Segundo órgão, diversos objetos foram furtados do local.
Entre eles estariam notebooks, HDs, telefones e dinheiro de funcionários.

 

O Centro Paula Souza informou que teve prejuízo de pelo menos R$ 80 mil após a ocupação do local por estudantes, disse a assessoria de imprensa do órgão. Alunos ficaram na sede administrativa, que fica na Rua dos Andradas, no Centro, entre os dias 29 de abril e 6 de maio, em protesto por melhoria na merenda.

Segundo o comunicado, foram furtados 21 notebooks, 12 HDs externos, 10 telefones móveis, cinco pen drives, quatro switches de 24 portas (equipamentos de redes) e duas webcams, além de objetos pessoais e dinheiro de funcionários.

Ainda de acordo com a assessoria, houve também depredação de portas, móveis e equipamentos; arrombamento de gavetas e armários; uso indevido de equipamentos de segurança como extintores e mangueiras de combate a incêndios. Além disso, salas foram reviradas e telefones e computadores, colados às mesas nas quais estavam. Os furtos foram registrados também nesta segunda-feira (9) no 3º Distrito Policial de São Paulo, nos Campos Elíseos, Centro.

Furto antes da reintegração
Cinco suspeitos de furtar objetos do Centro Paula Souza participaram de uma audiência de custódia no Fórum da Barra Funda, na noite da última sexta-feira (6), como mostrou o SPTV. Eles foram liberados com a condição de não sair da cidade por mais de 15 dias e se apresentar a um juiz cada dois meses.

Os cinco jovens – um deles menor de idade – foram pegos pela polícia dentro de um táxi, na Consolação.  Segundo a polícia, eles saíram do Centro Paula Souza por volta da 5h30, antes da reintegração de posse, levando computadores, modens e projetores.

“Houve o relato que cinco pessoas saíram prédio, carregando uma caixa e entraram no táxi. As pessoas informaram a polícia. As equipes do policiamento fizeram a abordagem e constataram que sim, tinha uma caixa com materiais de informática”, disse o primeiro tenente Felipe Neves, do Centro de Comunicação da PM.

Os objetos já foram devolvidos para o Centro Paula Souza. O estudante Cauê Borges – que fala pelo movimento estudantil – disse que não sabe quem são os jovens detidos e que o movimento repudia qualquer tipo de roubo.

Os quatro maiores vão responder por formação de quadrilha, furto qualificado e corrupção de menor.

Depredação
A perícia da Polícia Técnico-Científica liberou o prédio do Centro Paula Souza, na Luz, Centro de São Paulo, na tarde desta sexta. No edifício, os policiais encontraram algumas portas arrombadas, gavetas reviradas e um computador aberto.

Reintegração de posse
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) entraram no Centro Paula Souza às 6h40 de sexta-feira (6) para acompanhar reintegração de posse. O complexo foi ocupado por estudantes, como protesto contra o escândalo das merendas em São Paulo. Liminar do Tribunal de Justiça permitiu o uso de armas durante a ação.

Os policiais retiraram os estudantes pelo braço e alguns foram arrastados. O prédio foi esvaziado por volta das 6h50. Cerca de cem policiais armados com metralhadoras e sprays de pimenta participaram da ação. Ninguém foi preso.

 Segundo a Polícia Militar, houve apenas uso moderado da força e nenhum armamento não letal, como bombas e sprays, foi utilizado. Depois da desocupação, um oficial de Justiça fez história e levantamento dos objetos do Centro Paula Souza.

O Centro Paula Souza é responsável pelas Etecs e Fatecs do estado de São Paulo. No prédio ocupado, na região central de São Paulo, funciona a área administrativa do Centro Paula Souza e também a Etec Santa Ifigênia.

Fechamento de vagas
Conforme o G1 informou nesta quinta-feira (4), a gestão Geraldo Alckmin enviou à Assembleia Legislativa seu plano de diretrizes orçamentárias para 2017 prevendo redução de quase 4 mil vagas nos processos seletivos das Etecs e das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs) em comparação com o que foi previsto no Orçamento de 2016.

O Centro Paula Souza afirmou que as variações nas matrículas dos ensinos técnico e tecnológico são “normais” e que “alguns cursos deixam de ser ofertados temporariamente por falta de demanda”.