Bancada dos trabalhadores encolheu. Além do Congresso, entidades querem monitorar de forma mais atenta e constante as decisões do Judiciário, especialmente o STF
Por Vitor Nuzzi, da RBA
São Paulo – A chamada bancada sindical na Câmara perdeu quase um terço de sua representação na atual legislatura. Passou de 51 deputados para 35, sendo 27 reeleitos e oito novos. Mas chegou a ter 83 no período 2011-2014, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A importância da eleição legislativa e de votar em candidatos comprometidos com as causas dos trabalhadores é um dos temas do 1º de Maio, no próximo domingo. Nesta quinta-feira (28), as centrais lançaram suas ‘agendas’ sindical e jurídica, além da chamada pauta da classe trabalhadora, durante evento no Fórum Social Mundial, que está sendo realizado em Porto Alegre.
Com 63 propostas, a pauta trabalhista foi aprovada durante a recente Conclat, no dia 7, em São Paulo. Será levada aos candidatos. Já a agenda legislativa, por exemplo, foi apresentada a partidos e parlamentares com atuação no Congresso. Os sindicalistas entregaram o documento ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas não foram recebidos pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Eles lembram da importância ainda maior do debate com a possibilidade de revisão da “reforma” trabalhista implementada em 2017. As iniciativas que se seguiram no atual governo foram todas no sentido de aprofundar a flexibilização e a precarização das condições de trabalho. A agenda jurídica, por sua vez, concentra temas considerados relevantes, no Direito do Trabalho, e que foram parar no Supremo Tribunal Federal (STF), nas diversas modalidades processuais.