Assombrados pelo desemprego e a retirada de direitos, a classe trabalhadora enfrenta uma crise sem precedentes. Estamos caminhando hoje para o empobrecimento da população, onde mais de 70% dos trabalhadores não tem mais acesso ao seu salário e enfrentam as duras penas um grande endividamento nos bancos – estes os verdadeiros agiotas e que praticam juros abusivos no cartão –, convivem com baixos salários e pouco ou quase nenhum acesso ao consumo.

 
No momento em que vivemos, ao mudar a legislação, o Parlamento se preocupou exclusivamente em beneficiar as grandes empresas, especialmente, as multinacionais – instaladas ou que querem entrar no País, com o objetivo de explorar a mão de obra. Sem falar, nas benesses ao Sistema Financeiro, que tem permitido o esmagamento da classe trabalhadora, refém dos juros astronômicos.

 
Historicamente, as negociações salariais nunca foram fáceis para o setor laboral. E em um cenário pós-reforma trabalhista com a precarização do trabalho, redução da massa salarial e jogando o trabalhador no sistema de escravidão, a unidade entre o Sindicato e a classe trabalhadora tem assegurado a manutenção de direitos.
Nossa mobilização e o envolvimento dos trabalhadores junto aos desafios das negociações fizeram a diferença neste momento em que assinamos a CCT dos Farmacêuticos. Além das conquistas econômicas, reconhecidamente longe do ideal, a luta pela melhoria do ambiente de trabalho e valorização do empenho do trabalhador que resulta, inclusive, no crescimento do negócio é o nosso compromisso.
E estamos empenhados em conquistar sempre mais. E esta conquista passa também pelo fortalecimento da representação sindical, afinal, a classe trabalhadora tem que estar coesa e unida para que os impactos desta malfadada Lei Trabalhista não precarize ainda mais a Relação Capital X Trabalho.

 
Com a economia na beira do abismo e com o elevado número de desemprego, o Governo de Michel Temer não mede esforços para jogar a classe trabalhadora no limbo e desqualificar o Movimento Sindical.
O ano de 2018 segue desafiador e temos estreitado nossa atuação no corpo a corpo com os trabalhadores de fábrica para discutir acordos que assegurem o direito e a manutenção do poder de compra dos salários, entre outros benefícios.

 
E este nosso compromisso passa por todo este cenário político nacional que hoje vem sendo desenhado de forma desastrosa e com trocas de favores e conchavos políticos, o que tem demonstrado ser ruim para o nosso País e para todos os trabalhadores.
Em meio aos desafios econômicos e sociais, o ano de eleições pede um maior comprometimento de toda a população para o voto consciente. Em meio aos escândalos de corrupção, o País não admite mais os desacertos. A nossa classe política tem que ser comprometida com o povo e legislar de forma transparente e com clareza. E o povo, por outro lado, precisa conhecer os seus candidatos, pesquisando assim as suas histórias, os compromissos partidários. Por meio das redes sociais e do livre acesso à internet, o eleitor tem o futuro em suas mãos, basta pesquisar históricos e a pauta de atuação de cada candidato.

 
Se em nível nacional, o desafio é a retomada da economia com investimento na produção, emprego e renda, Guarulhos e Região não fogem à regra. Estamos avançando, mas é preciso trabalhar ainda mais na infraestrutura, saúde, transporte e desenvolvimento.
E por aqui, o Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos segue investindo diálogo, na mobilização e fortalecimento da classe trabalhadora.