Em 2016, o Brasil pagou R$ 406 bilhões de juros relativos à dívida interna federal, equivalentes a R$ 33,91 bilhões por mês

Enquanto no Brasil a taxa Selic está em 7,5%, na Austrália ela fica em (1,5%), Suíça (-o,7%); Japão (-0,1%); Nova Zelândia (1,7%); Canadá (1,0%); Inglaterra (0,5%); Colômbia (4,7%); Peru (3,5%); Chile, (2,5%); China (4,3%); Hong Kong (0,5%); Coreia do Sul (1,5%); Taiwan (1,8%); Filipinas (3,5%); Romênia (1,7%); Canadá (1%); Hungria (0,9%); Dinamarca (-0,7%); Suécia (-0,5%); Polônia (1,5%); Noruega (0,5%); Estados Unidos (1,2%).

Os banqueiros brasileiros são gananciosos, na avaliação do presidente da CNTQ – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico e do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira. “É um absurdo o que ganham com os juros. Mesmo com a queda da taxa Selic, atualmente em 7,5%, os bancos cobram juros extorsivos ao consumidor final. Como o governo federal não está comprometido com o povo, os banqueiros deitam e rolam”, disse.  Em 2016, o Brasil pagou R$ 406 bilhões de juros relativos à dívida interna federal, equivalentes a R$ 33,91 bilhões por mês. Em relação a 2015, ela cresceu 17,28%. Como população que pensa é perigosa contra governos corruptos, o presidente Michel Temer determinou corte no orçamento das universidades públicas, de R$ 15 bilhões em 2015, para R$ 5 bilhões em 2018, ou seja 2/3 a menos de dinheiro.

 

Segundo levantamento do Banco Central, em agosto, a taxa média do rotativo do cartão de crédito atingiu 397,44%. Se alguém, naquele mês, deixasse de pagar R$ 500 da conta do cartão sua dívida dobraria para R$ 2.500,00 em um ano.

Enquanto a Selic já caiu de 14,25% em outubro/2016 para os atuais 7,5%; os juros dos cartões de crédito e cheques especiais continuam elevados. Nestas duas modalidades, os bancos cobram quanto quiserem, pois não existe nenhum controle de preços ou tetos para o valor extorquido do consumidor. Eles só informam aos clientes quais são os juros aplicados, caso decidam recorrer a qualquer tipo de crédito.

Na América Latina, o Brasil é o campeão na cobrança de juros no rotativo do cartão de crédito, deixando para trás, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela. Enquanto a média anual brasileira nesta modalidade era de 436%, a praticada no Peru, atingia 43,7% em 2016. O terceiro lugar ficava com a Argentina (43,29%), no quarto lugar a Colômbia (30,45%), o Chile (24,90% no quinto e em sexto a Venezuela (29%). O rotativo é a maior causa de endividamento dos brasileiros.

Taxas de juros anuais: Crédito Pessoal não-Consignado (131,98%), Cartão de Crédito Rotativo (337,94%), Cartão de Crédito Parcelado (167,01%), Cheque Especial (323,73%), Crédito Pessoal Consignado-INSS (27,20%), Crédito Pessoal Consignado-Setor Público (24,86%), Financiamento de Veículos (22,52%), Crédito Pessoal Consignado-Setor Privado (40,84%). Em todas as modalidades de crédito, os juros estão acima da taxa Selic. Ou seja, os banqueiros abusam e com ajuda do governo Michel Temer continuam ganhando muito dinheiro.

 

Protesto na Paulista

Hoje (6), Sindiquímicos de Guarulhos, diversos sindicatos, CNTQ, FEQUIMFAR e suas entidades filiadas, e as centrais Força Sindical, UGT e CGTB estiveram diante da filial do Banco Central na Avenida Paulista protestando contra a alta da taxa de juros, atualmente em 7,5%.

Na avaliação do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalvez, o Juruna; a melhoria na redução do desemprego passa pela queda dos juros. A mesma opinião teve o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas. Segundo ele, o governo tentou atrair o capital especulativo internacional e agora começou a entregar diversas estatais aos especuladores a um preço muito baixo, em vez de combater a corrupção para gerar empregos e atrais mais investimentos.

Fonte: Comunicação CNTQ