Desde 2014 o número de contratações não superava o de demissões em janeiro. Indústria da transformação e serviços foram setores que mais criaram vagas no mês passado.
O mercado de tabalho brasileiro começou 2018 abrindo vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira (2) pelo Ministério do Trabalho.
Em janeiro, as contratações formais superaram as demissões em 77.822 vagas, informou o governo. O saldo positivo é a diferença entre as contratações (1.284.498) e as de demissões (1.206.676).
Foi o melhor janeiro em seis anos, ou seja, desde 2012, quando foram abertas 118.895 vagas. Também foi a primeira vez, em quatro anos, que as contratações superaram as demissões no mês de janeiro.
“Os dados do Caged mostram que as medidas tomadas pelo governo para recuperação da economia e dos empregos foram acertadas e estamos no caminho certo”, afirmou, em nota, o ministro do Trabalho em exercício, Helton Yomura.
Em todo o ano passado, a economia brasileira fechou 20.832 postos de trabalho formais. Foi o terceiro ano seguido em que houve mais demissões do que contratações no país. Entre 2015 e 2017, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos.
Com o resultado de janeiro, o estoque de empregos estava, no final daquele mês, em 37,94 milhões de vagas, contra 37,86 milhões em janeiro do ano passado.
Por setores
Os números do governo revelam que, em janeiro, houve abertura de vagas em cinco dos oito setores da economia. O maior número de empregos criados aconteceu na indústria de transformação. Já o comércio foi o que mais demitiu.
Contratações:
Indústria de Transformação: +49.500
Serviços: +46.544
Agricultura: +15.633
Construção Civil: +14.987
Serviços Industriais de Utilidade Pública: +1.058
Demissões
Comércio: -48.747
Administração Pública: -802
Extrativa Mineral: -351
Segundo o Ministério do Trabalho, foram realizadas 2.860 admissões, e 399 desligamentos, na modalidade de trabalho intermitente em janeiro deste ano.
O trabalho intermitente ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado. A previsão do governo é que essa modalidade gere 2 milhões de empregos em 3 anos.
Foram registradas ainda, em janeiro, 4.982 admissões em regime de trabalho parcial e 3.485 desligamentos, gerando saldo positivo de 1.497 empregos.
Dados regionais
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de contratações em três das cinco regiões do país em janeiro deste ano.
A região Sul liderou, com a criação de 46.754 vagas formais, seguida pelas regiões Sudeste (+21.924 postos) e Centro Oeste (+20.421 postos).
Já as regiões Nordeste (-6.035 postos) e Norte (-5.242 postos) apresentaram mais demissões que contratações formais em janeiro.