Nesta terça-feira (21) e quarta-feira (22), o Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central, vai se reunir para decidir sobre a taxa de juros, atualmente em 13, 75% ao ano. Em São Paulo, a Força Sindical e demais centrais sindicais vão fazer manifestação amanhã (21), a partir das 10h, diante do prédio do Banco Central, Avenida Paulista, 1.804.

Os protestos em diversas cidades do Brasil, é uma forma de pressionar e sensibilizar os membros do Copom na decisão de baixar a taxa de juros, que prejudicam a produção, o consumo, investimentos, a geração de empregos, além de prejudicar o desenvolvimento e a distribuição de renda no Brasil.

O presidente do SindiQuímicos Guarulhos e da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico), Antonio Silvan Oliveira, há muito tempo alerta que não é possível conviver com taxas de juros que só enchem os cofres dos banqueiros.

“Taxas de juros altas só beneficiam o capital especulativo, sem qualquer compromisso com a geração de emprego. Ao contrário do pequeno e micro empresário, que a cada dia ficam sufocados com a escalada dos juros impactando fortemente sobre a economia deste segmento”, explicou. 

Os banqueiros, na avaliação de Silvan, ganham com inflação baixa ou alta. “O interesse deles é apenas obter cada vez mais lucros. Não se interessam com investimento em Saúde, Educação, Transporte, Infraestrutura ou qualquer outro tipo de benefício à população”, criticou

Na avaliação de Silvan, a regra dos banqueiros é ganhar dinheiro. Quando qualquer governo se preocupa com o social, logo alimentam a grande imprensa com o discurso de que o Brasil vai quebrar. “Na visão do mercado financeiro, o mundo ideal é o de juros bem altos, para que os cofres dos bancos fiquem sempre cheios de dinheiro, que nunca retornam em benefício para o trabalhador”, finalizou.