Arábia Saudita também rompeu o país.
Protestos iranianos contra sauditas atingiu embaixada em Teerã.

O Bahrein e os Emirados Árabes Unidos anunciaram nesta segunda-feira (4) o corte das relações diplomáticas com o Irã. Os dois países seguiram a Arábia Saudita que rompeu com o Irã após a embaixada do país em Teerã ter sido alvo de ataque. O Irã acusa a Arábia Saudita de agravar as tensões e os confrontos na região.
Bahrein acusa com frequência o Irã de estar por trás de uma insurgência xiita desde que ocorreram protestos em 2011 contra os governantes sunitas.

A relação entre Arábia Saudita e Irã se deteriorou depois de os sauditas executarem o clérigo xiita Nimr Baqir al-Nimr, uma importante figura do movimento de contestação contra o regime. Além dele, outras 46 pessoas foram mortas após serem condenadas por “terrorismo”, incluindo jihadistas sunitas da Al-Qaeda.

A execução do clérigo al-Nimr causou protestos entre os árabes xiitas e manifestantes invadiram a embaixada da Arábia Saudita em Teerã, onde 40 pessoas foram presas. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que a Arábia Saudita sofrerá uma “divina vingança” pela execução.

Após a invasão da embaixada, diplomatas sauditas foram retirados do Irã e desembarcaram em Dubai no domingo, informou a rede de TV Al Arabiya, como parada para chegar à Arabia Saudita.

O Irã afirmou que o rompimento das relações diplomáticas decidida pela Arábia Saudita não vai apagar o “erro estratégico” da execução do clérigo xiita saudita Nimr Baqer al-Nimr. “A Arábia Saudita baseia sua existência na continuidade das tensões e dos enfrentamentos, e tenta resolver seus problemas internos exportando-os ao exterior”, disse Hossein Jaber Ansari, porta-voz da diplomacia iraniana.