Textos poderão ser sentidos por meio da leitura em braile.
Previsão é que o tablet tenha preço acessível em torno de R$ 600.
“A principal funcionalidade vai ser o digital e a partir dele vamos implementar para conseguir estruturar coisas em cima dele”, explicou o estudante de engenharia da computação Fábio Martins Fernandes, um dos criadores do projeto.
Um tablet de mercado para deficientes custa em média R$ 10 mil. A expectativa é que este seja fabricado com valores mais acessíveis, em torno de R$ 600. O aparelho está na fase final do desenvolvimento e deve começar a ser vendido ainda neste ano.
O projeto pode ajudar pessoas como a Vitória Mayuki, 12 anos, que é cega. Ela tem a ajuda da estagiária de pedagogia Sandra de Fátima para estudar no mesmo ritmo dos outros alunos.
“Eu sou escrevente, sempre estou escrevendo, perguntando se ela entende, se não entende, ela me questiona, questiona também os professores. Quando ela não entende, eu procuro tentar entrar no mundo dela, com os auxílios que eu tenho ao meu redor pra fazer com que ela possa entender”, disse a estagiária.
Por causa da deficiência, Vitória aprendeu a transformar as letras que enxergamos em letras que os cegos sentem, no toque dos dedos. Além de ler, ela escreve na maquininha que produz textos em braile. “Mas uma vez, no celular tentei pesquisar o que é dengue, desativei a voz deixei a tela toda escura”, disse Vitória — que com o tablet dos alunos espera poder navegar na web.