Eleitores interessados em saldar multa por não terem votado em 2020 recebem mensagem do tribunal de que não há débitos e situação é “regular”

Se o eleitor deixou de votar apenas na última eleição, mas votou normalmente nas anteriores, poderá exercer o direito do voto em 2022 normalmente. Isso porque o título só é cancelado se ele deixar de votar em três turnos consecutivos e não justificar sua ausência à Justiça Eleitoral, esclarece o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

No entanto, até o fechamento desta matéria, a assessoria de imprensa do TSE não havia respondido à reportagem para esclarecer se, diante da Resolução nº 23.637, de janeiro de 2021, os eleitores precisam pagar ou não a multa para poder votar. A norma, editada para “propiciar a melhor segurança sanitária possível” aos eleitores, devido à pandemia de covid-19, suspendeu as punições impostas – inclusive a multa – a quem não votou e não justificou a ausência nas urnas em 2020.

 

Informações contraditórias

Por um lado, a assessoria de imprensa do TSE afirma que quem não compareceu às urnas em 2020 deve “pagar uma multa para regularizar sua situação”. Mas eleitores que faltaram a um ou dois turnos em 2020 e fazem a “consulta de débitos eleitorais e quitação de multas” no site do TSE, como recomenda a própria assessoria de imprensa do tribunal, recebem a seguinte informação: “não encontramos débitos de multas relacionados à sua inscrição eleitoral, que está em situação Regular”.

Confira sua situação junto à Justiça Eleitoral clicando na “Consulta de débitos do eleitor” do TSE.

Notícias falsas

As fake news já estão circulando. Como a falsa informação de que quem não tiver cadastrado biometria não poderá votar nas eleições deste ano. As mensagens sugerem que “a esquerda”, a imprensa e o próprio TSE estariam “caladinhos” sobre o assunto de propósito.

A informação, analisada pela Agência Lupa, é mentirosa. Nenhum eleitor será proibido de votar por não ter feito o cadastro biométrico junto à Justiça Eleitoral. A coleta de digitais, em razão da pandemia, não é feita desde 2020.

(Eduardo Maretti/RBA)